A visita vai começar em Cuba, onde se vai reunir com o seu homólogo Raul Castro e o antecessor e irmão deste, Fidel Castro, que tem 87 anos, anunciou o Kremlin na sexta-feira.

A deslocação à ilha dirigida pelos comunistas cubanos ocorre num contexto de forte tensão entre russos e ocidentais, por causa da situação na Ucrânia, a propósito da qual Havana tem-se manifestado ao lado do seu velho aliado russo.

Putin e Castro deverão discutir a cooperação bilateral na energia, nos transportes, na aviação, no espaço e na saúde.

O parlamento russo aprovou entretanto, na sexta-feira, o perdão de 90% da dívida cubana, datada da era soviética, superior a 35 mil milhões de dólares (26 mil milhões de euros), e a afetação dos restantes a financiamento de projetos em Cuba.

A partir de Havana, Putin viaja para a Argentina, para discussões com a presidente Cristina Kirchner sobre comércio e energia, após o que se desloca para o Brasil.

Da sua agenda brasileira consta a participação na cimeira dos países que constituem os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), bem como encontros bilaterais com os seus homólogos da China, Índia e África do Sul.

Putin deve também assistir à final do Campeonato do Mundo de Futebol, ocasião em que deve receber da Presidente Dilma Rousseff o testemunho da organização do próximo torneio.

A Federação Russa vai organizar o campeonato mundial de futebol em 2018 e já prometeu que vai gastar milhares de milhões de dólares em estádios e infraestruturas para o torneio.

Durante a sua permanência no Brasil, Putin também se deve reunir com empresários, uma vez que procura investimentos para a economia russa.