Açoriano Oriental
Violência doméstica atinge casais cada vez mais velhos
A violência sobre idosos é um fenómeno em debate na sociedade actual, mas há um tipo de violência não tão noticiada, cuja ocorrência é muitas vezes descartada como normal, ou própria da idade. A violência doméstica entre idosos tem sido progressivamente mais denunciada na Região. O Açoriano Oriental foi tentar perceber qual é a percepção das instituições regionais sobre estes casos.
Violência doméstica atinge casais cada vez mais velhos

Autor: Isidro Fagundes / Rui Jorge Cabral

A UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) está presente nos Açores há quinze anos. Ao longo deste tempo, tem acompanhado no arquipélago centenas de mulheres vítimas de violência doméstica. Nos últimos anos, têm aumentado as denúncias e os casos acompanhados de mulheres com 65 anos, ou mais, vítimas de violência, como confirma Maria José Raposo, membro da direcção da UMAR nos Açores: "é um fenómeno que nos últimos anos nos tem aparecido com mais frequência. Não podemos dizer se é a violência que tem aumentado, se são as denúncias que são mais frequentes. Agora, de facto, a média das idades das mulheres vítimas de violência, que antes se situava entre os 25 e os 45 anos, tem vindo a aumentar para os 65, 70 anos."

Na maioria dos casos que a UMAR tem acompanhado, a violência entre casais idosos não ocorre, geralmente, apenas durante a velhice. Os maus-tratos nestes casos começam muitas vezes logo no início da relação conjugal e vão-se arrastando no silêncio durante dezenas de anos. São principalmente denúncias de maus-tratos psicológicos, ameaças verbais e insultos, tão ou mais graves do que a violência física, na opinião da directora da UMAR.

Leia esta notícia na íntegra no jornal Açoriano Oriental de segunda-feira, 15 de Março de 2010.

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