Autor: Lusa/AO Online
O novo treinador dos portistas para as próximas duas épocas recusou comparações com José Mourinho, com quem trabalhou durante cerca de sete anos, e disse que se identificava mais com Bobby Robson.
“Sou mais clone de Bobby Robson do que de José Mourinho. Tenho ascendência inglesa, nariz grande e gosto de beber vinho”, referiu o técnico, durante a apresentação no Estádio do Dragão.
Villas-Boas mostrou-se orgulhoso por ter sido escolhido pelo FC Porto para liderar uma nova era e por Pinto da Costa, presidente portista, ter apostado na sua competência.
“Sei o que pretendem de mim e sei como atingir esse sucesso”, disse.
O treinador assegurou que “qualquer plantel dos “dragões”, formado com o “máximo de rigor”, “dá garantia de sucesso absoluto, dado que as decisões são muito pensadas e nunca tomadas de ânimo leve”.
“Ganhar tudo o que há a ganhar” e “conquistar títulos” são as exigências feitas por um clube com a grandeza do FC Porto aos seus treinadores e é isso que André Villas-Boas pretende atingir rapidamente, embora sem o prometer abertamente.
Villas-Boas adiantou que “promessa cheira a mais do mesmo e a repetição".
"Sei os valores que esta casa defende e as exigências que eu também já defendi até à exaustão (quando integrou a equipa técnica de José Mourinho em 2004). Sinto-me confortável e tenho todos os meios necessários para aplicar as minhas ideias, a minha filosofia, a minha mensagem e incutir o meu fio de jogo, para continuar a ganhar títulos”, explicou.
O treinador, 32 anos, admite influências de Bobby Robson, que lhe deu um empurrão no início de carreira, e de José Mourinho, ao lado de quem cresceu, mas a partir de determinada altura desenvolveu as suas ideias, “enquadrando-as no futebol moderno”.
“Incompetente é o que eu não sou, tenho as coisas devidamente definidas e sei o que quero para a minha equipa”, adiantou Villas-Boas, considerando ainda mentira de 1 de Abril o interesse em Evaldo, jogador do Sporting de Braga e que hoje foi noticiado o eventual interesse do FC Porto no seu concurso, além do Sporting.
André Villas-Boas referiu que ainda não reuniu com a equipa técnica, pois só hoje é que se encontraram todos, para “definir o plantel e tomar decisões de forma pensada, calculada e com o mínimo de risco”.
A nova equipa técnica dos portistas integra ainda Vítor Pereira (ex-Santa Clara), José Mário (adjunto de Villas-Boas na Académica), Pedro Emanuel (que transita dos sub-17) e Wil Coort (da equipa anterior).