Açoriano Oriental
Vídeo contra violência vai ser exibido em concertos e festas académicas
A secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, disse , em Coimbra, que um vídeo contra a violência vai ser projetado em concertos e em algumas semanas académicas, e partilhado nas redes sociais.
Vídeo contra violência vai ser exibido em concertos e festas académicas

Autor: Lusa/AO online

 

O Governo, em cooperação com associações e federações académicas e organizações não-governamentais (ONG) que trabalham ou são constituídas com e por jovens, está a preparar “um vídeo e uma marca contra a violência, que será projetado entre concertos de algumas semanas académicas”, anunciou hoje Catarina Marcelino, numa sessão do fórum internacional ‘Noites saudáveis das cidades’.

O vídeo, integrado numa campanha, "com vários momentos no ano" e dirigida sobretudo a estudantes do ensino superior, “está praticamente concluído” e ainda deverá ser exibido em festas académicas desta época, adiantou a secretária de Estado, que falava aos jornalistas à margem do fórum que teve hoje início e que decorre até sexta-feira no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

“Estamos ainda a trabalhar para que nas várias universidades e [institutos] politécnicos do país haja um segundo momento da campanha na receção ao caloiro e o desenvolvimento de iniciativas como ‘talks’, com pessoas conhecidas que os e as jovens tenham como modelo, teatros interativos, entre outras, durante o ano letivo”, acrescentou.

Catarina Marcelino intervinha, como conferencista, sobre a violência no namoro, “uma violência que é construída e vivida no seio das relações entre pessoas, num contexto de sociabilidade integrado, num sistema de relações e de espaços que condicionam o risco e a proteção nas relações de afetividade e de intimidade”.

A violência no namoro deve ser encarada numa perspetiva multidimensional, sustentou a governante, aplaudindo o encontro que – por iniciativa do Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) de Psiquiatria e Saúde Mental do CHUC, do Instituto Europeu para o Estudo dos Fatores de Risco (IREFREA Portugal) e do Núcleo de Internacionalização do CHUC, em parceria com diversas entidades – aborda a noite das cidades, que pode e deve ser espaço de diversão, mas menos exposta a risco e saudável.

É preciso um “trabalho continuado e persistente”, salientou a secretária de Estado, considerando que “não chegam momentos de campanhas”, é necessário desenvolver um “trabalho continuado, que promova competências pessoais e sociais, que desconstrua estereótipos e preconceitos" e que consciencialize.

No sentido de contribuir para “uma verdadeira educação para a cidadania, que perdure no tempo e que forme civicamente as crianças e os jovens, do pré-escolar ao secundário”, as secretarias de Estado da Cidadania e Igualdade e da Educação estão a trabalhar para, “numa estratégia nacional”, implementar nas escolas públicas projetos sobre temas como os direitos humanos, a não-violência, a educação sexual ou a prevenção rodoviária, anunciou Catarina Marcelino.

“Estas iniciativas podem e devem crescer nos espaços que a cidade oferece, nos espaços de convivialidade, onde a noite é, sem dúvida, um momento de oportunidade de promover relações saudáveis, o que significa, livres e iguais”, acredita.

“A liberdade individual de cada um e cada uma de nós só é verdadeira quando a cidade for um espaço de segurança, quando a noite não oferecer perigos escondidos”, quando “todos e todas nós podermos namorar em igualdade no exercício de poder na relação, respeitando as vontades de cada um e cada uma, de forma saudável, onde os afetos se tornam positivos”, concluiu a secretária de Estado.

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