Açoriano Oriental
Venezuela prepara-se para o primeiro dia sem o "comandante" no poder
Com segurança reforçada nas principais cidades do país, os venezuelanos preparam-se para receber aquele que será o primeiro dia sem Hugo Chávez no poder, entre incertezas quanto ao futuro do país.
Venezuela prepara-se para o primeiro dia sem o "comandante" no poder

Autor: Lusa/AO online

"Esperamos que tudo decorra em paz, em breve haverá novamente eleições, é como se começássemos de novo, a única certeza que temos é que a Venezuela não é a mesma de antes e não quer voltar a um passado que só faz parte da história", disse Miglalia Bracho à Agência Lusa.

Esta venezuelana é uma das simpatizantes de Hugo Chávez que na terça-feira se dirigiu à Praça Bolívar, em Caracas, para expressar pela última vez o seu "apoio e amor" ao líder da revolução Bolivariana, naquela que definiu como a "noite mais dura e longa de sempre".

Com 40 anos e residente em El Valle (Caracas), Miglalia Bracho ficou chocada com o anúncio da morte, na terça-feira, de Hugo Chávez, vítima do cancro de que padecia desde 2011.

"Sempre acreditei que iria melhorar, havia uma possibilidade remota de que falecesse, mas nunca pensei que isso acontecesse", afirmou.

Com lágrimas nos olhos e visivelmente abatido pela notícia, um outro venezuelano insistia em explicar que, depois da chegada de Hugo Chávez ao poder, passou a haver "pátria, esperança, coisas que não tínhamos antes".

"Chávez tem sido e continuará a ser sempre o meu amor, é o meu amor eterno, quero que saibam que, de longe, onde quer que esteja, ele vê-nos", não se cansava de dizer uma outra venezuelana que saiu à rua para demonstrar o seu apoio e amor incondicional ao Presidente.

O Presidente venezuelano, Hugo Chávez, morreu na terça-feira, em Caracas, quase três meses depois de ter sido operado pela quarta vez a um cancro, a 11 de dezembro de 2012, em Havana, e quase cinco meses depois de ter sido reeleito para o seu terceiro mandato, em 07 de outubro.

Chávez, que morreu com 58 anos, regressou à Venezuela em 18 de fevereiro, ficou internado no Hospital Militar de Caracas e não chegou a tomar posse como Presidente, ficando o lugar assegurado pelo vice-presidente, Nicolás Maduro, numa decisão autorizada pela Justiça venezuelana apesar dos protestos da oposição.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela anunciou que Nicolás Maduro assumirá formalmente as funções de Presidente interino e que dentro de 30 dias haverá eleições.

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