Açoriano Oriental
Eleições regionais
Vasco Cordeiro quer desenvolver "potencial" do setor agrícola para a economia regional
O candidato do PS/Açores à presidência do Governo Regional, Vasco Cordeiro, destacou esta quinta-feira o "potencial" do setor agrícola para o desenvolvimento da economia regional, frisando a importância dos acessos e do fornecimento de água e eletricidade às explorações agrícolas.
Vasco Cordeiro quer desenvolver "potencial" do setor agrícola para a economia regional

Autor: Lusa/AO online

“Há um longo percurso que já foi feito, mas não podemos ficar parados porque já fizemos muito”, afirmou Vasco Cordeiro, em declarações aos jornalistas durante uma visita à feira agrícola de Santana, na Ribeira Grande, em S. Miguel.

Os dados divulgados pela candidatura socialista indicam que, entre 1996 e 2011, os caminhos agrícolas nos Açores passaram de 25 para 298 quilómetros, o que representa um aumento de 1.192 por cento, enquanto o número de explorações agrícolas com eletrificação aumentou de 08 para 292, o que significa um aumento de 3.650 por cento.

Para Vasco Cordeiro, o aproveitamento do potencial do setor agrícola deve passar também por “uma intervenção muito forte ao nível da transformação, para criar mais valor acrescentado e mais rendimento, e pela abertura de novas áreas, como o melhoramento genético”.

“Os investimentos que têm sido feitos no âmbito do melhoramento genético devem ser rentabilizados, podem constituir uma boa fonte de exportação da nossa região”, afirmou.

Relativamente ao setor leiteiro, Vasco Cordeiro reconheceu que os agricultores “responderam de forma extraordinária” aos desafios de aumentar a produção e melhorar a qualidade, considerando “agora que há que criar mais valor e mais rendimento nesta cadeia para ajudar a economia regional”.

“A função do governo regional a que espero presidir é potenciar e impulsionar o desenvolvimento do setor leiteiro”, frisou.

Nesta área, o candidato socialista reafirmou que se deve continuar a defender a manutenção do regime de quotas leiteiras, considerando que o Ministério da Agricultura “está a fazer um trabalho extremamente interessante, não apenas dando a conhecer a situação de Portugal, mas também chamando outros países” para colaborar neste objetivo.

“Não podemos, no entanto, ficar apenas na contestação à abolição deste regime, temos que preparar o dia seguinte, o que passa por termos um produto de qualidade e uma agricultura cada vez mais competitiva”, afirmou.

Vasco Cordeiro considerou ainda que a defesa dos interesses dos Açores junto das instâncias comunitárias não implica a abertura de uma representação permanente da região em Bruxelas, como defende a candidata social-democrata à presidência do executivo açoriano, Berta Cabral.

“Não é pelo facto de termos quatro paredes em Bruxelas que os nossos interesses serão melhor defendidos. Temos é que fomentar parcerias no Parlamento Europeu, na Comissão Europeia e com instituições nacionais, como a CAP e o Ministério da Agricultura, que podem potenciar os nossos interesses”, defendeu o candidato socialista.

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