Autor: Lusa/AO Online
“Acho que é razoável partirmos do pressuposto que se há essas afirmações é porque essas empresas são apetecíveis para o setor privado. Se partirmos desse pressuposto, isso só pode constituir também um reconhecimento do mérito do trabalho que o Governo Regional desenvolveu nessas empresas”, afirmou Vasco Cordeiro, em declarações aos jornalistas.
O chefe do executivo açoriano falava, em Ponta Delgada, após ter recebido numa audiência no Palácio de Santana um grupo de investidores europeus e árabes que tencionam concretizar negócios nos setores do turismo e exportação.
Na terça-feira, a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores voltou a defender o avanço de privatizações no arquipélago e considerou que a venda da Sata “não pode ser tabu”, por a transportadora aérea não exercer uma função reguladora.
Em conferência de imprensa o presidente do organismo, Mário Fortuna, sublinhou a necessidade de “reposição do primado da iniciativa privada” - com “uma programação evidente de reprivatização de atividades, quer por via da alienação de capital, quer por via da concessão” - e apontou a gestão dos campos de golfe, a açucareira Sinaga e a conserveira Santa Catarina como exemplos do que deveria estar na posse de privados.
Vasco Cordeiro lembrou que o Governo Regional só entrou no capital social de algumas destas empresas “pela falência da iniciativa privada” e que a saída da região só ocorrerá quando for conveniente.
“Convém não esquecer que nós atravessamos uma fase em que não [temos], como aconteceu no país, a necessidade de alienar património, pois esse património, a ser alienado, será na altura em que for um bom negócio para os Açores”, afirmou Vasco Cordeiro.
O governante recordou que a participação da região em algumas empresas com dificuldades se prendeu com questões relativas à manutenção de postos de trabalho e pelo contributo que essas empresas podem dar ao desenvolvimento da economia regional.