Açoriano Oriental
Vasco Cordeiro contra ausência de radar meteorológico nos Açores
O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, disse hoje que "não seria admissível a completa ausência" de um radar meteorológico na região, considerando que este equipamento tem um "papel imprescindível" no arquipélago.
Vasco Cordeiro contra ausência de radar meteorológico nos Açores

Autor: Lusa/AO Online

 

“O que eu tive ocasião de salientar várias vezes foi o papel imprescindível que esse tipo de equipamento tem para a Região Autónoma dos Açores e, portanto, não seria admissível a completa ausência desse tipo de equipamento cá”, afirmou Vasco Cordeiro, aos jornalistas, em Santa Cruz da Graciosa, onde o executivo regional se encontra em visita estatutária.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recebeu a 20 de abril uma carta do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América a informar que o único radar meteorológico da região, instalado na base das Lajes, na ilha Terceira, e propriedade norte-americana, iria ser desativado, explicou à agência Lusa Diamantino Henriques, diretor da Delegação dos Açores do IPMA.

Segundo Diamantino Henriques, esta situação suscitou um conjunto de contactos e reuniões a nível diplomático, e foi abordada a possibilidade de o IPMA ficar com o radar durante algum tempo, o que “teve um bom acolhimento da parte norte-americana e estará pendente de uma decisão”.

O presidente do executivo açoriano acrescentou existir “um conjunto de diligências”, inclusive o envio ao primeiro-ministro, António Costa, de uma carta a transmitir “o conhecimento desta situação” e da “urgência” de que se reveste a sua resolução.

Vasco Cordeiro afirmou, ainda, que “há contactos que se têm intensificado envolvendo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério do Mar” sobre este radar, além do “acelerar da instalação de mais um radar meteorológico nos Açores”.

“O que espero, no fundo, é ter sido suficientemente claro em todas essas diligências que efetuei quanto ao facto de não ser possível a ausência completa de radar meteorológico nos Açores”, insistiu o governante.

Questionado se esta matéria está dependente do Governo da República, Vasco Cordeiro respondeu "não só, mas também”, dado haver “respostas que também dependem da parte americana”.

“Está na parte da República também, porque há, depois dessa resposta americana em relação ao radar de Santa Bárbara (nas Lajes), as outras componentes de instalação de mais um radar meteorológico nos Açores”, acrescentou.

Em maio, após chegar de Washington, onde participou na sexta-feira na 35.ª reunião da comissão bilateral permanente entre Portugal e os Estados Unidos da América, Vasco Cordeiro declarou que havia aspetos relativos à base das Lajes, onde está em curso a redução da presença norte-americana, que exigiam “muito trabalho”.

“Há, ainda, aspetos que exigem muito trabalho e que não estão num ponto que o Governo Regional considere satisfatório”, afirmou na ocasião Vasco Cordeiro, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Entre essas questões estava o radar meteorológico, com Vasco Cordeiro a informar então que existiam “boas perspetivas quanto à passagem, mesmo que temporária, para a tutela do Governo da República”.

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