Autor: Lusa
Segundo os últimos dados conhecidos, a cobertura vacinal em 2006/2007 foi de 25 por cento no Reino Unido, 27,4 por cento na Alemanha, 21,8 por cento em Espanha, 24,2 por cento em França e 24,4 por cento em Itália.
“Afigura-se importante continuar a promover uma maior cobertura com a vacina antigripal dos indivíduos com 65 anos e mais (Portugal assumiu a meta de 75 por cento de cobertura da população idosa em 2010), assim como no grupo de indivíduos portadores de alguma doença crónica para a qual se recomenda a vacinação”, refere o documento.
Segundo o estudo, a cobertura da população com a vacina antigripal sazonal nos grupos de risco foi de 52,2 por cento nos indivíduos com 65 e mais anos e de 31 por cento nos portadores de doença crónica (pelo menos uma).
A vacinação foi feita, fundamentalmente, por indicação do Médico de Família (70,3 por cento) e os vacinados passaram a utilizar mais frequentemente a farmácia para a administração da vacina (43,2 por cento).
Existem diferenças estatisticamente significativas na cobertura vacinal nas cinco regiões, sendo a mais alta na de Lisboa e Vale do Tejo (18,9 por cento) e mais baixa na do Algarve (10,5 por cento).
O estudo revela ainda que as pessoas com menor nível de instrução apresentam a maior percentagem de vacinados (30,4 por cento). “Com efeito à medida que vai aumentando o nível educacional, diminui a percentagem de vacinados”, salienta.
O principal conjunto de razões invocadas para a recusa da vacinação relaciona-se com mecanismos de desvalorização/negação da importância doença (60,9 por cento).
O estudo “Vacinação antigripal da população portuguesa em 2009-2010: cobertura e algumas características do ato vacinal” teve como base um inquérito realizado em abril de 2009 por entrevista telefónica à amostra de famílias ECOS (Em Casa Observamos Saúde), constituída por 1078 Unidades de Alojamento, representadas por 2893 pessoas, com uma taxa de resposta de 89,9 por cento.
A ministra da Saúde, Ana Jorge, anunciou no início de agosto que a vacina contra a gripe sazonal para a próxima época contém o vírus H1N1 e vai ser administrada pela primeira vez de forma gratuita a grupos mais vulneráveis.