Autor: Lusa/AOOnline
“Para manter os Estados Unidos seguros, devemos proporcionar aos homens e mulheres das Forças Armadas as ferramentas de que necessitam”, realçou Donald Trump, durante o seu primeiro discurso no Congresso.
“Os desafios que enfrentamos como nação são grandes. Contudo, o nosso povo é ainda maior. E ninguém é maior ou mais valente do que aqueles que lutam com o uniforme pelos Estados Unidos", afirmou o Presidente norte-americano, detalhando que a sua proposta de orçamento para a defesa prevê também um aumento do financiamento para os veteranos de guerra.
Donald Trump invocou o soldado das forças especiais William “Ryan” Owens, que morreu numa operação contra a organização terrorista Al-Qaida no Iémen, a primeira aprovada por Donald Trump desde que chegou à Casa Branca a 20 de janeiro deste ano.
Quando recordou Owens, o Presidente dos Estados Unidos granjeou a maior ovação da noite por parte dos congressistas, com a mulher do soldado, Carryn, a chorar enquanto aplaudia as palavras de Donald Trump.
Na segunda-feira, a Casa Branca adiantou as prioridades da despesa para o ano fiscal 2018, que Trump pretende ver plasmadas na proposta de orçamento que será enviada ao Congresso a 16 de março.
Segundo o Departamento de Orçamento da Casa Branca, o aumento histórico do gasto da Defesa será de quase 10% e equivalente a 54.000 milhões de dólares, o qual vai ser compensado com cortes na maioria das agências federais.
Ainda no âmbito da Defesa, Donald Trump reiterou o apoio à NATO, mas reafirmou que os membros da organização devem “cumprir com as suas obrigações económicas”, aumentando o investimento.
“Esperamos que os nossos aliados, na NATO, no Médio Oriente ou no Pacífico, assumam um papel direto e significativo nas operações estratégicas e militares, e que paguem a sua justa parte do custo”, frisou.
Donald Trump afirmou que, desde que chegou à Casa Branca, os aliados aumentaram já os seus investimentos: “Agora, graças às nossas sinceras e firmes conversações, já começaram a fazê-lo”.
O Presidente dos Estados Unidos criticou no ano passado os seus aliados europeus por não alocarem fundos suficientes para a aliança, que considerou, aliás, obsoleta, e deu a entender que poderia reduzir o apoio norte-americano ao bloco transatlântico, ao mesmo tempo que expressou vontade de melhorar as relações com a Rússia.