“Uma vez que o Governo se prepara para, sem ter seguido os trâmites legais, anunciar a oferta da TAP a privados, dia 20 de dezembro, a CT da TAP decidiu marcar um plenário de trabalhadores, a que se seguirá uma marcha lenta das instalações da companhia até ao aeroporto”, disse hoje à Lusa Carmen Germano da CT da TAP.

Em declarações à Lusa, a representante dos trabalhadores criticou a falta de acesso a informação sobre o processo de venda da companhia, que deve ir a conselho de ministros na próxima quinta-feira, tendo apenas um concorrente: o grupo Synergy.

“Temos feito pedidos ao conselho de administração da TAP, que remete para tutela [Ministério da Economia], que, por sua vez, se desculpa com falta de tempo”, declarou.

Carmen Germano explicou que “as informações que os trabalhadores têm são aqueles que têm sido publicadas pela imprensa”.

O empresário German Efromovich, dono do grupo Synergy, já entregou a proposta final para a compra de 95% do capital da TAP a 07 de dezembro.

Em entrevista à Lusa, o empresário German Efromovich afirmou que a proposta final do grupo para a compra da TAP é "muito agressiva" e "melhor" do que a oferta da fase inicial, remetendo para o Governo a divulgação dos valores que estão em cima da mesa.

O dono da operadora aérea Avianca defendeu que não há razão para os trabalhadores da TAP estarem preocupados com a privatização, realçando que o crescimento da companhia aérea, pela mão do grupo Synergy, vai potenciar a criação de postos de trabalho.

"Se vamos crescer, precisamos de admitir gente e não de despedir, a não ser que tenha um monte de pessoas sem fazer nada. Quem está lá para trabalhar vai continuar", afirmou o dono do grupo Synergy, único candidato à compra da companhia aérea portuguesa.