Autor: Lusa/AO Online
“Nós vemos esta proposta como uma maneira de resolver alguns problemas da RTP/Açores e que nos garante que esta continua como canal”, declarou a jornalista Teresa Nóbrega à comunicação social, após um encontro com o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, em Ponta Delgada.
Poiares Maduro propôs hoje ao Governo dos Açores a criação de uma empresa regional de produção de conteúdos audiovisuais, ficando a informação a cargo da RTP/Açores, um “bom modelo” que assegurou “não estar fechado”.
Teresa Nóbrega referiu que a intenção transmitida por Poiares Maduro é “fazer investimentos na televisão pública regional”, mas salvaguardou só surgirão se for aceite a proposta.
A porta-voz da subcomissão de trabalhadores da RTP/Açores referiu que foi assegurado no encontro que o serviço público de televisão nos Açores “vai ser reforçado”, como era uma das suas pretensões
“O serviço público estava um pouco em risco devido à falta de investimento e por todo este esvaziamento que tem sido feito na RTP/Açores, bem como por falta de autonomia financeira, administrativa e editorial”, declarou Teresa Nóbrega.
Teresa Nóbrega salvaguardou, contudo, que não se sabe o que se vai “sacrificar com estas certezas que foram ganhas”, tendo defendido junto de Poiares Maduro a necessidade de manter os postos de trabalho e os direitos adquiridos até agora pelos trabalhadores.
“O ministro Poiares Maduro não nos garantiu, categoricamente, que isso podia acontecer, mas referiu que a nova empresa de conteúdos audiovisuais pode dar estas garantias, que serão tanto maiores quanto maior for a envolvência do Governo dos Açores”, declarou a porta-voz da subcomissão de trabalhadores da RTP/Açores.
Teresa Nóbrega manifestou preocupação pelo facto de o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional ter referido que esta é uma proposta em aberto, face a uma outra solução alternativa que o Governo dos Açores e a subcomissão de trabalhadores da RTP/Açores possam avançar.
A porta-voz disse que Poiares Maduro assegurou que a criação de uma empresa com 100% de capital regional não vai ser aceite porque é inconstitucional, mas o Governo dos Açores pode participar na nova empresa.
Teresa Nóbrega, que afirmou que a subcomissão vai reunir com os trabalhadores, disse, por outro lado, que “não foi muito bem explicado o modelo, que divide os trabalhadores pela RTP/Açores e pela empresa privada de audiovisual”.
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