Encerrou hoje a décima quarta edição, que decorria desde o passado dia 14. Durante seis dias encheu de magia praças, jardins, prisões, hospitais e salas de espetáculo, com os números dos ilusionistas de sete países. Luís de Matos, o mais premiado mágico português e organizador dos encontros, disse à agência Lusa que o seu sucesso deve-se também à capacidade de se renovarem de ano para ano, ao trazerem a Coimbra artistas de várias partes do mundo, e de disciplinas diversas, dando oportunidade ao público de eleger as suas preferências. Recorda que há 14 anos, quando se aventurou em romper com o conceito de que os festivais de magia eram reservados a colegas da arte, via famílias com os carrinhos de bebé a apreciar os números de ilusão. Hoje aparecem nos espetáculos com os filhos adolescentes. Mas o festival já conseguiu ultrapassar as fronteiras da cidade, e hoje diz ser frequente encontrar entre o público pessoas que se deslocaram de outras cidades, e até de Espanha e Inglaterra, como aconteceu este ano. “A única coisa que é necessária para apreender e nos deixarmos envolver por esta arte é algo que vem connosco, que é a imaginação do ser humano, a nossa capacidade de sonhar”, observa. Para Luís de Matos, que recentemente ganhou o prémio de Mágico da década, atribuído por uma instituição americana, “a maior virtude que um espetáculo desta natureza tem é ser capaz de fazer alhear do circundante, e deixar entregues a essa capacidade de sonhar”. Juliana Chen (China), Barry and Stuart, Ben Woodward, John Fealey (todos do Reino Unido), Steve Trash (EUA), Andrély (Brasil), Gaetan Bloom (França), Miguel Angel Gea, Pablo Clabo (ambos de Espanha) e os portugueses Jorge Condorcet, Mário Daniel e Luís de Matos foram os participantes nesta edição.