Açoriano Oriental
Termas das Caldeiras da Ribeira Grande reabrem no domingo
As termas das Caldeiras da Ribeira Grande fechadas há mais de 30 anos, vão reabrir ao público no domingo, disse o presidente da câmara, Alexandre Gaudêncio.
Termas das Caldeiras da Ribeira Grande reabrem no domingo

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

"A abertura estava prevista, inicialmente, para dezembro, mas houve atrasos com a parte das obras de adaptação para a atividade que vai ser desenvolvida", afirmou Alexandre Gaudêncio, explicando que a concessão do espaço foi entregue a uma empresária da ilha Terceira por um período de cinco anos, com mais dois de opção.

A empresária vai pagar mensalmente ao município 400 euros.

O autarca realçou a aposta do atual executivo em recuperar o imóvel que "estava bastante degradado, mas mantendo a sua traça original".

"Trata-se de um espaço datado de 1811 que é uma mais-valia para o termalismo. É o mais antigo da ilha de São Miguel ao nível do termalismo", declarou, destacando a importância da sua exploração na vertente turística, mas também ao nível dos tratamentos.

Para Alexandre Gaudêncio, "houve a preocupação de tentar reativar o termalismo no concelho, que tem um potencial enorme com o 'boom' do turismo nos Açores".

Por isso, este pode ser "o primeiro de muitos investimentos no concelho aproveitando o potencial da energia geotérmica".

O responsável reafirmou que o município vai dar sequência a outros projetos na zona das caldeiras, como a criação de um centro interpretativo no fenómeno geotérmico, previsto para este ano e para o qual deseja uma parceria com a empresa Eletricidade dos Açores, assim como a requalificação do espaço dos cozidos incluindo uma zona de lazer.

"O primeiro é um projeto que vai custar entre 70 a 100 mil euros, enquanto a zona de lazer poderá atingir os 300 mil euros. Neste momento estamos a equacionar executá-la faseadamente", informou.

Desde agosto de 2014 que a Câmara Municipal da Ribeira Grande, em parceria com a empresa EDA Renováveis, disponibiliza gratuitamente, na zona das Caldeiras, covas no solo para a confeção dos tradicionais cozidos.

As termas da Ribeira Grande, também conhecidos por banhos da Coroa, começaram a ser utilizadas no século XVII para cura de doenças, registando-se uma crescente procura no século seguinte em virtude das propriedades curativas das águas vulcânicas.

Após décadas de encerramento, o atual executivo municipal avançou com obras de recuperação do imóvel antes de lançar um concurso público para concessão da infraestrutura, tendo como preço-base 250 euros mensais.

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