Açoriano Oriental
Liga Sagres
Sporting assegura praticamente o quarto posto
O Sporting ganhou (2-1)  o Vitória de Setúbal, num jogo que encerrou a 27.ª jornada da Liga de futebol e em que venceu por ter única e simplesmente melhores jogadores do que o adversário equipa sadina.
Sporting assegura praticamente o quarto posto

Autor: Lusa/Aonline

Dificilmente se podem ganhar jogos a “dez à hora” perante um adversário bem organizado em termos defensivos, como seria de esperar do Vitória de Setúbal, que procurou na primeira parte tapar todos os caminhos que levavam à sua baliza.

Do ponto de vista tático, Manuel Fernandes preparou bem o jogo com base no conhecimento perfeito que tem do Sporting, mas isso seria insuficiente se os jogadores “leoninos” tivessem adotado a atitude competitiva correta e exigível até ao intervalo.

A equipa jogou devagar e de forma previsível e denunciada até ao intervalo, perante um Vitória que não sentiu dificuldades especiais para travar o ataque “leonino”, cujos lances de perigo que criou se contam pelos dedos de uma mão.

Manuel Fernandes apostou num 5x4x1, que se desdobrava num 4x4x1x1 quando a equipa recuperava a posse de bola e saía a jogar, para fazer face à dupla de pontas de lança do Sporting, Saleiro e Liedson, por forma a ter sempre alguém na dobra – Ney recuava para defesa direito e Collin encostava aos centrais.

O Sporting fez aquilo que devia em termos de disposição táctica, privilegiando as alas através de Yannick e Izmailov, deixando no espaço interior do “miolo” Pedro Mendes e João Moutinho face a Neca e Sandro, respetivamente.

O técnico sadino deixou a Djikiné a tarefa de tapar as subidas de João Pereira e incumbiu a marcação às incursões de Miguel Veloso a um dos dois homens mais soltos do ataque: Hélder Barbosa e Henrique.

O problema do Sporting começou pela tremenda falta de concentração no lance do canto que deu origem ao primeiro golo sadino, logo aos 11 minutos, marcado de cabeça por Collin, na pequena área, sem sequer tirar os pés do chão, e acentuou-se com o ritmo lento que imprimiu ao jogo.

É verdade que o Sporting melhorou um pouco na segunda parte, não tanto pela troca de Djaló por Matias Fernandez, mas, sobretudo, por ter sido capaz de aumentar um pouquinho o ritmo e a intensidade do jogo, mantendo a defesa sadina sob alguma pressão, que a obrigou a começar a cometer erros.

Esse aumento, porém, não foi por aí além e, se deu para dar a volta ao resultado frente ao Vitória de Setúbal, não teria dado perante um adversário com maior capacidade do que a equipa sadina.

A equipa de Manuel Fernandes revelou fragilidade gritante nas saídas para o ataque, incapaz de segurar a bola ou de sair em transições rápidas, perdendo facilmente a bola e obrigando a sua defesa a estar sob constante assédio – e o “cântaro vai tantas vezes à fonte” que arrisca a partir-se, sobretudo quando o adversário tem jogadores de superior qualidade individual.

Foi o que sucedeu aos 60 minutos, quando Collin rasteirou Saleiro na área e provocou um penálti convertido por João Moutinho, e 10 minutos depois, quando Hélder Postiga, quase um ano depois de ter marcado o seu último pelo Sporting, voltou a fazer, quase um ano depois, o gosto ao pé, na primeira vez que tocou na bola.

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