Autor: Lusa / AO Online
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério da Saúde afirmou não estarem ainda disponíveis os números globais de adesão à paralisação, remetendo para a "próxima semana" a divulgação destes dados, bem como o impacto da greve no funcionamento dos serviços (número de cirurgias e consultas adiadas, por exemplo).
De acordo com o mapa de adesão à greve disponível na página do Ministério da Saúde na Internet, na quarta feira, primeiro dia de greve, a adesão foi de 76,79 por cento no turno da manhã e de 80,07 por cento no turno da tarde.
Na quinta feira, a adesão situou-se nos 82,73 por cento no turno da manhã e nos 82,98 por cento no turno da tarde, enquanto na sexta feira, último dia da paralisação, a adesão foi de 85,20 por cento no turno da manhã e de 85,86 por cento no turno da tarde, segundo a mesma fonte.
A vice coordenadora do SEP fez um balanço "muito positivo" da paralisação, que registou "uma adesão global de 88 por cento nos três dias".
Guadalupe Simões destacou ainda a "disponibilidade dos enfermeiros em participarem nas iniciativas de quinta feira e na manifestação de sexta feira".
A greve dos enfermeiros terminou com uma manifestação em Lisboa, na qual participaram cerca de 15 mil enfermeiros e que foi considerada pelo coordenador nacional do SEP, José Carlos Martins, como a paralisação "com maiores níveis de adesão desde 1976".
Os enfermeiros contestam a alegada proposta governamental de ingresso na carreira, que fixa o salário em 995 euros, um valor abaixo dos atuais 1 020 euros e dos 1 200 de outros profissionais da administração pública.
O Ministério da Saúde já esclareceu que a proposta de ingresso na carreira em discussão com os enfermeiros visa manter o montante dos 1 020 euros.