Açoriano Oriental
Sindicato do pessoal de voo quer regresso da Sata às rotas que saem do Porto
O Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil reivindica o regresso da SATA Internacional às rotas que saem do Porto, depois da Ryanair ter anunciado que iniciará uma nova operação com voos dali para Barcelona, Milão, Roma e Bruxelas.
Sindicato do pessoal de voo quer regresso da Sata às rotas que saem do Porto

Autor: Lusa/AO Online

 

"Pugnaremos pelo retorno da SATA Internacional às rotas que saem do aeroporto do Porto", diz o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), em comunicado emitido hoje.

O sindicato lembra que a Ryanair anunciou na terça-feira que vai iniciar uma nova operação com voos a partir do Porto para aqueles destinos, "rotas que foram suspensas pela TAP".

"Relembramos os mais incautos que existe uma companhia aérea portuguesa que já explorou rotas a partir do Porto e que poderia naturalmente ocupar o espaço deixado pela TAP", disse o sindicato, referindo-se "à companhia aérea de bandeira da Região Autónoma dos Açores, a SATA Internacional".

O SNPVAC defende que esta companhia aérea "tem um custo de operação para estas rotas bastante inferior ao da companhia de bandeira nacional, e poderia, desta forma, ajudar a criar uma plataforma giratória (hub) complementar a Lisboa".

Tal, acrescenta, contribuiria para um aumento no fluxo de passageiros na Região Autónoma dos Açores e, consequentemente um incremento na economia Açoriana.

Além disso, esta solução permitiria aumentar a empregabilidade em Portugal, tendo em consideração que a Ryanair exige que os contratos de trabalho, incluindo os de trabalhadores portugueses, tenham domicílio fiscal na Irlanda.

O sindicato questiona o Presidente da Câmara Municipal do Porto sobre se irá exigir ao Governo da Região Autónoma dos Açores que assuma este lugar, lembrando que a Sata contribui para a Segurança Social e não sujeita os seus trabalhadores a situações precárias, factos de que acusa a Ryanair.

"Esta companhia de aviação Irlandesa, que comprovadamente sujeita os seus trabalhadores a situações precárias e não efetua o pagamento de impostos para a Segurança Social, e outros, em Portugal, decidiu substituir-se à TAP na satisfação do interesse nacional, nomeadamente na Região do Norte do país", lê-se no comunicado.

O sindicato diz que sempre pugnou pela manutenção destes voos na operação da TAP, afirmando que sempre lhe foi transmitido pela transportadora aérea que não era uma operação rentável.

"Permanecem as nossas dúvidas, relativamente a este assunto", afirma.

O secretário de Estado das Infraestruturas vai receber na quinta-feira os três sindicatos que recusaram assinar o acordo com o anterior Governo para a privatização da TAP, com os impactos da venda a marcarem o encontro, o SITAVA (trabalhadores da aviação e aeroportos), SINTAC (trabalhadores da aviação civil) e SNPVAC (pessoal de voo), assim como a Comissão de Trabalhadores da TAP.

O encontro foi pedido pelos três sindicatos quando o Governo liderado por António Costa tomou posse e em cima da mesa estará “a privatização da TAP em geral”.

 

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