Autor: Lusa/AO online
“Esta manifestação de 19 de maio será o ponto de partida para outras formas de contestação mais gravosas e que passam pela greve a todo o serviço às reuniões que se realizam ainda durante este terceiro período, a partir do mês de junho”, declarou o líder do SDPA, José Pedro Gaspar, em conferência de imprensa.
O sindicalista, que falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, explicou que ficam de fora as reuniões relativas à atribuição de avaliações dos alunos do 11.º e 12.º ano face à realização dos exames nacionais.
O dirigente declarou que o “endurecimento da contestação” nos Açores se justifica por “três grandes questões” que têm sido alvo de um tratamento diferente por parte do Governo Regional em termos comparativos com o cenário nacional.
Para o dirigente do SDPA, os docentes dos Açores “não vão aceitar perder três anos de tempo de serviço” no processo de transição da anterior para a nova estrutura de carreira, bem como vão “exigir um limite à contratação sucessiva de professores que são contratados a tempo resolutivo”, por forma a que integrados nos quadros ao fim de três contratos, como acontece a nível nacional.
De acordo com Luís Dutra, também nos Açores os professores não vão abdicar da compensação pela caducidade dos contratos como acontece em todo o país, lamentando-se que o Governo Regional “legisle de forma diferente”.
Os professores dos Açores vão manifestar-se em 19 de maio nas cidades de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta pela validação da totalidade do tempo de serviço congelado, alteração das normas de transição entre carreiras, limitação da contratação sucessiva de docentes, redução da componente letiva de trabalho e pela definição de condições específicas de aposentação.
Em janeiro, o SDPA promoveu uma paralisação de três dias para exigir ao Governo Regional o descongelamento "sem constrangimentos" das carreiras ou a "validação da totalidade de tempo de serviço congelado".
O Governo dos Açores sublinhou que, a partir deste ano, cerca de 2.000 professores serão abrangidos nos Açores pelas progressões na carreira docente.