Açoriano Oriental
Sindicato alerta para "fracasso" no concurso extraordinário de professores nos Açores
O presidente do sindicato Democrático dos Professores dos Açores (SDPA), José Pedro Gaspar, considerou hoje que a contratação de professores na Região para o ano escolar 2016/2017 "fracassou" em todos os objetivos a que se propôs.
Sindicato alerta para "fracasso" no concurso extraordinário de professores nos Açores

Autor: Lusa/AO Online

"O concurso extraordinário, naquilo que eram os seus principais objetivos, fracassou. Fracassou no objetivo de integrar 300 docentes, como estava definido no preâmbulo da criação do próprio diploma, e fracassou também no objetivo de contrariar a precariedade que grassa entre a classe docente", afirmou José Pedro Gaspar en conferência de imprensa, em Ponta Delgada.

O SDPA assegura que continua a haver "carência de docentes nos Açores" e que, à semelhança do ano passado, "os quadros de pessoal de algumas das escolas da Região estão manifestamente subdimensionados", bem como existem "grupos com grandes carências de docentes", como é o caso do primeiro ciclo do ensino básico, Português ou Matemática.

José Pedro Gaspar lamentou, por isso, que a estratégia do Governo Regional dos Açores se mantenha a mesma de há três anos com idêntico "número de vagas proporcionadas, em cada grupo de recrutamento e em cada escola da Região".

"A Região, com estes três concursos extraordinários, foi vinculando cerca de 70 professores em cada ano, portanto, num total de 220 docentes e a Região necessita todos os anos de contratar a termo resolutivo 700 professores, ou seja, a Região está a integrar em quadro vinculativo cerca de 10% dos professores de que necessita ainda e que são necessidades permanentes", disse.

O SDPA considera, ainda, que a "carência de professores e educadores de infância nos Açores" comprova "o menor investimento que a Região faz no âmbito do alargamento do corpo docente ao serviço do sistema educativo regional" em comparação, por exemplo, com a Região Autónoma da Madeira.

"Comparativamente à Madeira, os Açores têm menos cerca de 1.500 professores, quando a população estudantil nos Açores é em número mais elevado do que na Madeira. Portanto, nos Açores nós temos uma população de 48 mil alunos, enquanto na Madeira temos à volta de 47 mil", exemplificou o sindicalista.

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