Açoriano Oriental
Sindicato acusa que há número insuficiente de professores no pré-escolar e 1.º ciclo
O presidente do Sindicato Democrático dos Professores dos Açores (SDPA), José Gaspar, disse hoje que o número de docentes colocados no pré-escolar e no 1.ºciclo na região "é insuficiente" para satisfazer as necessidades

Autor: LUSA/AO online

"O Sindicato Democrático dos Professores dos Açores tem conhecimento de que no presente ano escolar o número de docentes colocados para lecionar aulas de apoio aos alunos do ensino pré-escolar e dos primeiros anos do primeiro ciclo do ensino básico é insuficiente para assegurar a satisfação das necessidades efetivas das escolas", afirmou José Gaspar em conferência de imprensa no arranque do ano letivo 2014/2015.

O presidente do SDPA defendeu que se trata de uma "faixa etária" em que se deveria ter "uma atenção prioritária no sentido do reforço do apoio efetivo e adequado aos alunos com dificuldades de aprendizagem", principalmente para a prevenção do insucesso escolar.

"A escassez de alguns docentes, sobretudo para os apoios no primeiro ciclo do ensino básico, também no segundo ciclo e muito provavelmente também pelas informações que temos de docentes na área da educação especial. Além disso há uma questão que temos vindo a alertar é que é absolutamente necessário que seja aberto maior número de vagas em lugar de quadro", alertou.

O Sindicato Democrático dos Professores dos Açores reivindicou ainda para o primeiro ciclo o reforço de horas de português e matemática, medida entretanto anunciada pelo Governo Regional dos Açores para os alunos do segundo e terceiro ciclos do ensino básico em todas as escolas da região.

"Os alunos do primeiro ciclo do ensino básico das escolas da região vão ter no presente ano letivo menos uma hora letiva semanal de Português e de Matemática, por comparação com os alunos do Continente, tendo que trabalhar e aprender os mesmos conteúdos programáticos. Para além disso, estes alunos, no ano terminal de ciclo, o 4.º ano, terão de realizar as mesmas provas finais nacionais em que vão ser avaliados, mas não em paridade com os alunos do restante território nacional", disse.

Em conferência de imprensa, na qual o SDPA revelou que "os problemas persistem no arranque do ano letivo", foram ainda abordados os "perigos do amianto existentes nas coberturas dos edifícios escolares, sem que se tenham iniciado obras em quaisquer destes edifícios contaminados".

Segundo o SDPA existem seis escolas contaminadas com amianto na Região Autónoma dos Açores, uma em São Jorge e cinco em São Miguel.

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