Açoriano Oriental
Sindicato acusa Governo de falta de transparência na privatização da SATA

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) questionou o Governo dos Açores sobre a razão pela qual o processo de alienação de parte do capital da Azores Airlines não está a ser “feito de forma transparente”.

Sindicato acusa Governo de falta de transparência na privatização da SATA

Autor: Lusa/AO online

A estrutura sindical, que tem sido crítica da gestão do Conselho de Administração do grupo SATA, diz, numa nota enviada hoje, que pretende apurar a “razão para não sejam conhecidos do povo açoriano os supostos candidatos" ao processo de alienação de até 49% do capital da Azores Airlines.

A Azores Airlines fechou o terceiro trimestre de 2017 com um prejuízo de 20,6 milhões de euros, estando ainda por fechar as contas finais do ano, numa altura em que decorre um processo de privatização de até 49% da participação social indireta que a região detém na empresa.

O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, nomeou em fevereiro a comissão especial que vai acompanhar a alienação parcial na companhia aérea.

A comissão é presidida pelo advogado Luís Paulo Elias Pereira e integra ainda o economista António Gabriel Fraga Martins Maio e o professor universitário da área da gestão de empresas João Carlos Aguiar Teixeira.

O sindicato questiona ainda se “será que apenas os trabalhadores estão ansiosos por terem à frente da SATA gestores privados competentes” e sublinha que, “ao contrário do que sempre tentaram 'vender' ao principal acionista da SATA, que é o povo açoriano, ninguém questiona qual a razão para que este processo de privatização seja o único no país que não tem oposição por parte dos trabalhadores”.

Outra questão levantada prende-se com o facto de “ninguém com responsabilidades políticas vir a público elucidar os açorianos sobre as razões que levaram a vogal da administração da SATA para a área financeira ter apresentado a sua demissão”, a par do facto de a 27 de março, ter sido “oficializada a saída” de um elemento da estrutura devido a “graves divergências na forma de agir e de desenvolvimento da gestão diária”.

“Pergunta-se também por que razão não se explica o Governo Regional, da responsabilidade de, ainda há menos de dois anos, terem dado o aval para a aquisição do A330 e estar neste momento a avalizar a saída do avião sem estudos que sustentem tal decisão”, questiona ainda a nota.


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