Açoriano Oriental
Sétima vitória de Fernando Peres em prova repleta de emoções
Em 2007 o piloto do Porto conquistou o sétimo triunfo na prova do Grupo Desportivo Comercial. Peres, no final, não ia ganhando para o susto
Sétima vitória de Fernando Peres em prova repleta de emoções

Autor: Arthur Melo
Fernando Peres alcançou uma suada vitória em 2007 no SATA Rallye Açores. Suada porque nada fazia prever a angústia sofrida após a conclusão da última especial do rali, Ribeira Grande, troço no qual o Mitsubishi Lancer EVO IX do portuense sofreu um problema mecânico que o fez perder quase toda a confortável vantagem que tinha para Vítor Pascoal.
O piloto do Subaru Impreza N12 foi mesmo o mais rápido na especial, mas não conseguiu anular a desvantagem de 39,02 segundos, finalizando a competição com um atraso de 09,07 segundos.
A 42ª edição da prova rainha do automobilismo açoriano viu em Fernando Peres o seu primeiro líder, mas depois Bruno Magalhães e o seu Peugeot 207 S200 instalaram-se confortavelmente na liderança a partir da segunda especial da prova, Sete Cidades.
O jovem piloto alfacinha dominou o rali até à conclusão da segunda passagem pelas cumeeiras das Sete Cidades, altura em que, na ligação para o Pico da Pedra, o carro francês se “calou”, obrigando ao abandono do grande dominador da prova.
Assim, Peres reassumiu o primeiro posto e geriu, com a habitual serenidade que se lhe reconhece, o final do primeiro dia de prova.
José Pedro Fontes não conseguiu tirar o máximo rendimento do Fiat Punto S2000, acabando mesmo por desistir na Achada das Furnas/Lomba da Maia1, abrindo as portas para mais um triunfo ao recordista de vitórias no SATA Rallye Açores.
Se na frente as coisas pareciam estar praticamente resolvidas, as atenções viravam-se para o duelo entre Vítor Pascoal e Horácio Franco, conseguindo levar a melhor o micaelense no final do dia, graças ao tempo mais rápido obtido na Ribeira Grande no fecho da primeira etapa.
No segundo dia, Fernando Peres, apesar do regresso de Magalhães e Fontes ao abrigo do Super Rally, preocupou-se em gerir o andamento dos seus adversários, pois atrás de si a luta pela segunda posição continuava ao rubro, com Pascoal a entrar forte nos Graminhais. Nesta segunda etapa, e enquanto o Peugeot e o Fiat se mantiveram em prova, Magalhães e Fontes, respectivamente, deram espectáculo e dividiram a liderança do rali do segundo dia, tendo esta “prova à parte” sido ganha por Vítor Pascoal, o que representou uma pontuação máxima para o Campeonato Nacional e a liderança do mesmo.
No “SATA”, e apesar de quase ter aproveitado o problema de Peres, a vitória foi mesmo festejada pelo piloto nortenho, que assim repetia em 2007 os êxitos de 1994, 1996, 1998, 2003, 2004 e 2005.
No terceiro posto da geral, e como melhor açoriano em prova, finalizou Horácio Franco, que cedo abandonou a intenção de perseguir Pascoal, atendendo a que o grande objectivo do micaelense era o de alcançar o pódio final nas Portas da Cidade.
Notáveis foram ainda as provas de Pedro Leal (Fiat Stilo Multijet) e Carlos Costa (Citröen Saxo S1600).
Ambos dominaram a seu bel-prazer a Classe Diesel e Fórmula 3, respectivamente.
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