Autor: Lusa/AO Online
De acordo com o documento, “o emprego de residentes na região Norte manteve-se em queda” no segundo trimestre, de menos 0,9 por cento face ao trimestre homólogo de 2009, o que equivale a menos 17 mil pessoas empregadas.
“Por ramos de actividade, os principais contributos para a diminuição do emprego regional no segundo trimestre de 2010, face ao trimestre homólogo, foram da responsabilidade da administração pública (com cerca de menos 12 mil empregados, equivalentes a menos 16,9%)”, lê-se no relatório.
A construção perdeu 11 mil empregados (-5,6%), o comércio 10 mil (-3,7%) e as actividades de consultoria oito mil (-14,1%).
As indústrias transformadoras perderam sete mil empregados e no pessoal doméstico ao serviço das famílias a queda também foi próxima de sete mil empregados.
“Pela positiva, destaca-se sobretudo o comportamento do setor da saúde e apoio social (excluída a parte respeitante à administração pública), cujo emprego na região Norte cresceu, em termos homólogos, cerca de 18,6 por cento (aproximadamente mais 17 mil indivíduos)”, salienta a CCDR-N.
Os autores do relatório destacam também o contributo da educação (igualmente excluindo a componente pública), com cerca de mais oito mil empregados (+6,6%).
Por níveis de escolaridade, “continua a observar-se uma forte dicotomia”, com crescimento do número de empregados com o 12º. ano (+12,6%) e licenciados (+4%) e diminuição dos empregados com o terceiro ciclo ou menos (-4,4%).
A precariedade também aumentou, com um “forte crescimento” dos contratos a termo (+16,8%), em contraste com a diminuição dos contratos sem termo (-2,5%) e dos números de trabalhadores por conta de outrem isolados (-3,7%) e empregadores (-17,9%).
A taxa de desemprego no Norte subiu de 10,5 para 12,2 por cento entre os segundos trimestres de 2009 e 2010, mas baixou três décimas nos últimos três meses (era de 12,5% no primeiro trimestre de 2010).
As exportações da região Norte cresceram, em valor, 20,3 por cento, mas exportações também subiram 20 por cento, “impulsionadas sobretudo pela compra de ‘inputs’ destinados à actividade da indústria regional”.
O turismo manteve a tendência de crescimento no bimestre abril/maio, em termos homólogos, com os proveitos totais a subirem 7,4 por cento e o número de hóspedes 3,4 por cento.