Açoriano Oriental
Sete ME para recuperar as Sete Cidades
O AO de 20 de Junho de 2006 trazia em grandes parangonas este título: Região investe 7 milhoes de euros para recuperar Sete Cidades.

Autor: J.Carreiro
Que eu, simples cidadão com segunda residência no vale maravilhoso, saiba, essa recuperação limitou-se até agora à construção de duas mini barragegens para retenção de águas das chuvas e na compra de dois prédios no centro da freguesia. 7 milhões de euros são o equivalente a 1.403.374.000 de escudos. Não creio que até hoje tenha sido prestado qualquer esclarecimento público sobre o destino desses milhões. O certo é que os dois maiores problemas do vale continuam por resolver. Primeiro, que não é exclusivo do vale, o das chamadas melhoras ou benfeitorias que, à semelhança do que aconteceu com o da colonia na Madeira e o dos foros, já poderia há muito ter sido resolvido pela via legislativa, mas não o foi ainda. Por via disto está a população do vale e não só, impossibilitada de aceder ao crédito para a habitação e de melhorar as suas actividades comerciais. O impulso económico de tal medida significaria um enorme avanço para a economia regional. Até quando? Segundo, o da chamda eutrofização da água das lagoas. Todos os anos vamos assistindo ao degradar das águas. Já lá estivéram uns sinais a proibir os banhos, sem qualquer explicação. Os dísticos entretanto desapareceram, também sem explicação. Volta e meia aparece por lá uma carrinha com a indicação de pertencer à polícia do ambiente. Polícia do ambiente?!... Lá estão estacionadas uma barca e uma espécie de bóia que não parecem ter qualquer actividade. De vez em quando a «ceifeira das algas» faz uns cortes, mas não se vê qualquer redução das áreas infestadas a não ser porque se deixa subir o nível das águas, ocultando-as parcial e temporariamente. Fizéram-se em tempos, no maravilhoso vale, umas «sessões de esclarecimento» sobre a execução de um plano de reordenamento da respectiva bacia hidrográfica. Em que pé está a sua execução? Aproxima-se mais uma vez a altura do ano em que micaelenses, açorianos e outros, portugueses e estranjeiros visitam o vale em maior número para usufruirem dos seus encantos. Será que já podem banhar-se sem perigo de contaminação? Por que razão não toma a Região a iniciativa de propor legislação que ponha termo ao atraso causado pelas melhoras? Quem souber que responda.
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