"Decidi ser candidato às Presidenciais de 2017. A França exige que lhe demos tudo”, escreve, no prólogo do livro intitulado “Tudo pela França”, o antigo chefe de Estado de 61 anos, que ocupou o cargo entre 2007 e 2012, ano em que foi derrotado por François Hollande.

Sarkozy também publicou esse excerto da obra na sua conta da rede social Twitter, dizendo: “Este livro é o ponto de partida”.

Aos 61 anos, Nicolas Sarkozy, cujo discurso e estilo dividem profundamente os franceses, poderá novamente enfrentar o socialista François Hollande, embora este não seja ainda oficialmente candidato.

Antes dessa eventual batalha, Sarkozy deverá, todavia, impor-se dentro do seu próprio partido, Os Republicanos.

Outras 12 personalidades pretendem participar nestas primeiras primárias da direita, que decorrerão entre 20 e 27 de novembro. Entre elas, o antigo primeiro-ministro e presidente da câmara de Bordéus Alain Juppé é considerado o favorito nas sondagens, à frente de Sarkozy.

Casado com a ex-manequim Carla Bruni, com a qual teve uma filha durante o seu anterior mandato, Nicolas Sarkozy retirou-se da vida política após a derrota eleitoral, percorrendo o mundo a dar conferências bem remuneradas.

Não tardou, contudo, em regressar à política, retomando as rédeas do principal partido da oposição de direita, rebatizado então como Os Republicanos. Desde essa altura que não faz segredo das suas intenções de recandidatura.

Além de ter como adversário Alain Juppé, o antigo chefe de Estado tem contra si obstáculos judiciais: mantém-se a ameaça de ser julgado pelo envolvimento em vários casos ligados ao financiamento da sua campanha de 2012.

*Notícia atualizada às 18h48