Autor: Lusa/AO Online
No encontro com os jornalistas foram apresentados 50 títulos, distribuídos por quatro chancelas: Porto Editora, 5 Sentidos, Sextante Editora e Assírio & Alvim.
Um dos destaques editoriais, que tinha já sido avançado em julho pela Fundação José Saramago, é a publicação, pela Porto Editora, do inédito do Nobel português da Literatura "Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas".
O título é inspirado em versos de Gil Vicente e tem como protagonista o funcionário de uma fábrica de armas que vive um conflito moral decorrente de seu trabalho.
O livro, cujos primeiros capítulos incluem notas que Saramago fez quando o começou a escrever, será lançado em outubro e publicado simultaneamente em português, italiano, espanhol e catalão.
A mesma chancela lançará "Quem disser o contrário é porque tem razão", de Mário de Carvalho, um texto em registo de manual prático da escrita, abordando os dilemas, enigmas e perplexidades do ofício de escritor.
"Uma menina está perdida no seu século à procura do pai" é o novo romance de Gonçalo M. Tavares, lançado igualmente pela Porto Editora, com publicação prevista para os últimos dias de outubro.
Ainda nos autores portugueses, e numa nova coleção de literatura infanto-juvenil, será lançada em novembro, pela Porto Editora, a obra "O Paraíso são os outros", de Valter Hugo Mãe.
Trata-se da história de uma menina fascinada pelo amor, que imagina a vida dos outros e se dedica a observar os casais de pessoas e casais de animais.
A Porto Editora também lançará em banda desenhada "A Viagem do Elefante", de João Amaral, criada a partir do romance de José Saramago.
"Poesia Presente", uma antologia de António Ramos Rosa, falecido em 2013, será lançada pela Assírio & Alvim, preparada pela filha do poeta, Maria Filipe Ramos Rosa, que recupera o título de um projeto de antologia não concretizado que tinha sido, em tempos, idealizado pelo autor.
Ainda pela Assírio, será lançada "A Palavra Imediata — Livro de Horas IV", de Maria Gabriela Llansol, que, como os anteriores, tem a sequência cronológica dos diários manuscritos, mas é constituído por papéis avulsos dispersos existentes no espólio da autora, falecida em 2008.
Ainda em destaque entre cinco dezenas de obras está o livro "Amálgama", do brasileiro Rubem Fonseca, pela Sextante Editora.
O livro do escritor, já laureado com o Prémio Camões, aborda "os tempos duros que vivemos, metendo fundo o dedo nas feridas abertas desta sociedade plena de injustiças".
A obra "A Noite Abre Meus Olhos" vai reunir toda a poesia publicada por José Tolentino Mendonça, incluindo já os livros "Estação Central" e "A Papoila e o Monge".
As chancelas relançarão ainda vários livros de autores portugueses, nomeadamente de Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade, Maria Velho da Costa, o "Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa, e "Assim Fala Geometria", com Almada Negreiros entrevistado por António Valdemar.
Entre os títulos, haverá também obras de autores estrangeiros a lançar pelas várias chancelas, entre eles o chef Jamie Oliver, Luis Sepúlveda e Carlo Petrini, Joyce Carol Oates, Alexander Söderberg, Stefan Zweig, Enrique Vila-Matas e Louise Doughty.