Autor: Lusa/AO online
A rede de sucursais do banco espanhol - que em Portugal detém o Santander Totta - enfrenta um corte de até 900 colaboradores, enquanto os outros 300 funcionários poderão sair dos serviços centrais da instituição. O Santander planeia uma reestruturação que vai levar ao encerramento de 450 agências em Espanha.
A direção do banco e os representantes dos trabalhadores têm estado em negociações relacionadas com o corte de pessoal, mas a mesma fonte salientou à agência Lusa que as medidas apenas dizem respeito a Espanha e que não estão previstos cortes em Portugal.
A proposta da direção aos trabalhadores inclui a oferta de 70% do salário a quem aceite a pré-reforma e uma indemnização de 45 dias por cada ano ao serviço do banco (com um teto máximo equivalente ao salário de dois anos) para quem aceite a rescisão por acordo mútuo.
O banco, no entanto, quer que metade destes 1.200 trabalhadores a cortar resulte da adesão a pré-reformas e outra metade por rescisão com incentivos. Em 2012, quando o Santander absorveu o Banesto, os trabalhadores que saíram do grupo entraram na pré-reforma com 80% dos salários.
A 31 de março, o Santander comunicou aos sindicatos o fecho "iminente" de 450 agências - ou seja, 13% da sua rede de sucursais em Espanha -, bem como a intenção de remodelar outras 350 anualmente.
O fecho de agências vai afetar principalmente as mais pequenas, as que têm entre um e três funcionários. A ideia do Santander é passar a contar com agências maiores, com mais recursos e mais técnicos, permitindo ao mesmo tempo assegurar a presença do banco em todo o território espanhol.