"A mudança de imagem fica concluída esta semana" nos cerca de 160 balcões do Banif espalhados por todo o país, destacou o porta-voz do Santander Totta.

Este processo foi iniciado a 22 de dezembro, com a substituição da imagem do Banif pela do banco que o adquiriu no edifício-sede, em Lisboa, menos de 48 horas após o anúncio da medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal.

"Globalmente, a integração da estrutura do Banif no Santander Totta tem vindo a proceder-se com bastante normalidade, tanto ao nível dos trabalhadores, como dos clientes", afirmou o responsável em jeito de balanço do primeiro mês, realçando ainda os esforços que têm sido feitos para a total integração dos 1.100 trabalhadores que transitaram para o banco que faz parte do grupo espanhol Santander.

"O plano de integração conta com um conjunto muito vasto de tarefas, que abrangem vários aspetos, como os financeiros, os comerciais, a política de riscos, os recursos humanos e a estrutura", revelou, assegurando que o Santander Totta tem garantido "a estabilidade em toda a rede e nos clientes com esta transição".

E salientou: "Ficou claro durante este mês que tudo o que são depósitos e obrigações seniores ficou assegurado. É um compromisso definitivo assumido pelo Santander Totta".

Com a aquisição da atividade bancária do Banif, o Santander Totta passa a deter uma quota de mercado de 14,5% em créditos e depósitos no mercado português, um aumento de 2,5% face aos 12% que detinha antes desta operação.

A compra do Banif permitiu ao Santander Totta um incremento de 6 mil milhões de euros em depósitos e de 5,5 mil milhões de euros em créditos, além de passar a integrar na sua rede mais 161 agências que servem 400 mil clientes.

Esta quota de mercado torna o Santander Totta no segundo maior banco privado em Portugal (atrás do Millennium BCP), ultrapassando o Banco BPI, e no quarto maior banco do sistema - abaixo do banco estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD) e do Novo Banco, que se encontra atualmente na esfera pública.

E torna o Santander Totta o líder nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, onde o Banif contava com quotas de mercado muito elevadas.

O Governo e o Banco de Portugal optaram pela venda do Banif ao Banco Santander Totta, por 150 milhões de euros, no âmbito da medida de resolução aplicada ao banco cuja maioria do capital pertencia ao Estado português, de forma a impedir a sua liquidação, tendo anunciado a operação a 20 de dezembro.