Autor: Lusa/AO Online
De acordo com um comunicado hoje enviado pelo organismo representativo das forças vivas da ilha, Rui Arruda considera que, face à entrada em vigor do novo modelo de transporte aéreo dos Açores, que liberalizou o mercado, a ilha “não está a beneficiar” de “forma satisfatória” do mesmo, apresentando “valores negativos, em contraciclo com a larga maioria das ilhas dos Açores”.
Para inverter este cenário, Rui Arruda propõe ao executivo açoriano que nos meses de julho e agosto os dois voos semanais entre Lisboa e Santa Maria, operados pela transportadora aérea açoriana SATA, sejam efetuados diretamente, sem escala, início ou destino em Ponta Delgada.
O responsável quer também que a SATA pratique preços a baixo custo nos dois voos diretos semanais entre Lisboa e Santa Maria, bem como que se promova a ilha no exterior.
Rui Arruda defende um aumento de voos entre Ponta Delgada e Santa Maria, para que seja possível um “maior reencaminhamento de passageiros” que chegam aos Açores no âmbito do novo modelo de transporte aéreo.
Em abril de 2015, entrou em vigor o novo modelo de transporte aéreo negociado pelos Governos da República e dos Açores, que contempla a liberalização das rotas de Ponta Delgada e Terceira, embora as duas companhias de baixo custo que entraram no mercado, a Ryanair e Easyjet, só estejam a operar para a primeira, na ilha de São Miguel.
O novo modelo de transporte aéreo prevê a existência de reencaminhamentos, sem custos adicionais para os passageiros, possibilidade que o Conselho de Ilha defende que seja “amplamente divulgada” pelo Governo Regional a nível nacional e internacional.
O Conselho de Ilha pretende que o Governo Regional reforce este ano o programa “Meus Açores, meus amores”, destinado à circulação interilhas de idosos, visando potenciar o número de grupos a visitar a ilha de Santa Maria.
O Conselho deliberou enviar também uma carta ao secretário regional do Turismo e Transportes sobre as inspeções periódicas de veículos, na qual defende uma revisão da legislação regional sobre esta matéria.
Esta revisão, segundo o Conselho de Ilha, deve contemplar a possibilidade de as empresas licenciadas para a prestação deste serviço na ilha serem obrigadas a efetuar, no mínimo, duas deslocações mensais, com obrigação de permanência e prestação de serviço em períodos nunca inferiores a cinco dias úteis cada.
O Conselho de Ilha pede ainda a intervenção da diretora do Parque Natural de Santa Maria para combater a espécie invasora localmente conhecida por cana.