Açoriano Oriental
Santa Casa recupera capela do antigo hospital
Ainda se fazem os últimos retoques na capela do antigo hospital, mas a obra de restauro, conservação e beneficiação já está praticamente concluída.
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Autor: Paula Gouveia
A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada está mais perto de ver concretizada uma ambição que  alimentava desde 2009, quando foi eleita pela primeira vez. No próximo domingo, reabre  o espaço de culto religioso que estava encerrado há vários anos, com uma cerimónia que começará às 15h00 com a receção dos convidados no hall principal, a bênção  do espaço e a celebração de eucaristia pelo vigário geral da Diocese, Padre Hélder Mendes, por alma dos irmãos falecidos e para assinalar o X Aniversário da Escola Profissional.
José Francisco Silva, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, explica que “é tradição na Misericórdia de Ponta Delgada celebrar a eucaristia todas as semanas, mais do que uma vez, sobretudo nas valências com idosos”, pois, sublinha o provedor,  “a dimensão espiritual é importante para todos nós, independentemente das crenças de cada um, mas especialmente para quem tem dificuldades, está numa situação de dor, de isolamento, de doença”.
No entanto, no edifício do antigo hospital, onde funciona uma unidade de cuidados continuados, a eucaristia era celebrada num espaço “improvisado e pouco adequado”, uma vez que a capela não estava em condições de ser reaberta. Foi portanto por isso e porque a Mesa Administrativa da Santa Casa considera essencial proceder à recuperação do seu património, que o projeto avançou.
“Ainda foi um investimento razoável, por isso é que aguardou algum tempo”, admite José Francisco Silva. Mesmo assim não foi possível fazer “tudo o que queríamos fazer”: a recuperação da pintura a óleo sobre tela (séculos XVII-XVIII), cuja moldura foi substituída, e dos altos relevos (séculos XVI-XVII) ficou para uma segunda fase, devido ao elevado custo. 
Deste modo, deu-se prioridade à recuperação das estruturas e dos bens móveis imprescindíveis à utilização da capela: procedeu-se ao retelho; pintura de tetos, paredes, janelas e rodapés; limpeza, desoxidação e pintura da escadaria em ferro para o coro alto; substituição do soalho em pinho resinoso; recuperação da fonte em pedra de basalto na sacristia; restauro artístico do retábulo e ainda recuperação do confessionário, do cadeiral e do arcaz.
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