Açoriano Oriental
Saída de Portugal da zona euro “com compensações, seria o melhor”
A deputada do PCP no Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo, disse hoje que a uma eventual saída de Portugal da zona euro deveria ocorrer "com compensações" por uma década de políticas europeias "nefastas" para o setor produtivo nacional.

Autor: Lusa / AO online

"Devia ser uma saída negociada com compensações ao país por aquilo que nos roubaram", disse Ilda Figueiredo aos jornalistas, na Figueira da Foz.

Questionada pela agência Lusa sobre se defende essa saída, respondeu: "Nestas condições [com compensações] seria o melhor".

"Uma saída com compensações por aquilo que nos roubaram e com alterações de outras políticas, desde a agricultura, às pescas e à indústria, podendo o país, de imediato, começar a produzir para diminuir o seu défice", sustentou Ilda Figueiredo.

Recusou, no entanto, que o país possa ser "corrido" da moeda única e que um cenário sem negociação prévia de condições "era o que Alemanha queria".

"Não basta sair, é necessário sair e termos todas as condições para produzirmos o que precisamos. Nós queremos que a saída de Portugal seja com compensações e alteração profunda de outras políticas para Portugal poder encetar uma política autónoma de desenvolvimento, naturalmente em cooperação com outros países da União Europeia", disse.

Sobre as políticas que disse terem levado à deterioração do setor produtivo nacional, aludiu, nomeadamente, à desvalorização das exportações nacionais aquando da entrada de Portugal na zona euro, contestada na altura pelo PCP, o "único" partido que votou contra a entrada na moeda única, lembrou.

"Só nessa altura perdemos de competitividade entre 30 a 40 por cento. Isso teve custos muito sérios para o país e agora o país deve ser compensado por isso ter acontecido", advogou.

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