Autor: Lusa/AO online
Segundo o Pentágono, o incidente envolveu o contratorpedeiro norte-americano USS Donald Cook que, quando navegava em águas internacionais no Mar Báltico, foi sobrevoado a menos de nove metros de altitude, com um “perfil de ataque simulado”, por um bombardeiro russo Su-24.
Hoje, em reação à acusação, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, o general Igor Konachenkov, mostrou-se surpreendido com as declarações norte-americanas.
“Para dizer francamente, não compreendo a reação excessiva dos nossos colegas americanos”, disse, acrescentando ter-se tratado de “um voo de treino” cujo itinerário atravessava a zona em que o navio navegava.
“Quando estamos perto de uma base da frota [russa] do Báltico, o princípio de liberdade [de circulação] dos navios americanos não limita o princípio de liberdade de voo das forças aéreas russas”, disse Konachenkov.
Segundo Moscovo, o USS Donald Cook estava a 70 quilómetros da costa russa, segundo Washington, estava a 130 quilómetros.
O incidente ocorreu num contexto de tensão nas relações bilaterais russo-norte-americanas devido à intervenção russa na Ucrânia.