Açoriano Oriental
Rio de Janeiro luta contra explosão de casos de dengue
A explosão de casos de dengue no Rio de Janeiro, que vai acolher os Jogos Olímpicos em agosto próximo, levou os serviços de saúde brasileiros a delinearem e organizarem ações de luta contra o mosquito transmissor da doença.
Rio de Janeiro luta contra explosão de casos de dengue

Autor: LUSA/AO online

As ações para o combate à propagação da dengue visam informar o público sobre os cuidados individuais a tomar, bem como remover os focos suspeitos de propagação do mosquito 'Aedes aegypti', transmissor desta doença tropical que apresenta sintomas semelhantes aos da gripe e se pode tornar fatal na sua forma hemorrágica.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Brasil, o Estado do Rio de Janeiro registou 67.253 casos de dengue este ano, contra 7.819 em 2014, o que representa um aumento de 550%, sendo que 23 pessoas morreram vítimas da doença, contra 11 em 2014.

Não deixar água em vasos de flores, em pneus velhos, em calhas, e colocar as garrafas vazias de cabeça para baixo para evitar a entrada de água são apenas algumas das instruções dadas aos brasileiros, aos quais caberá ainda alertar os funcionários da área da saúde para eventuais focos de propagação do mosquito.

Hoje, funcionários municipais entraram em casas abandonadas na Tijuca (zona norte), forçando as portas para eliminar alguns focos.

De acordo com declarações de Luciano Lobo, agente sanitário de 31 anos, à Agência France-Presse, "um ovo do mosquito sobrevive entre ano a ano e meio após a postura e, depois de contactar com água estagnada, em meia hora nasce uma larva que, num máximo de dez dias, se torna num mosquito adulto".

Nos trinta dias seguintes, "ele pode multiplicar-se e causar epidemias", acrescentou Luciano Lobo, explicando que "indiscutivelmente, a melhor forma de lutar contra o mosquito é não deixar água estagnada".

O Brasil tornou-se, na segunda-feira, o terceiro país do mundo a permitir uma vacina contra a dengue, doença que afetou este ano mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o país (quase metade em São Paulo), causando um total de 839 mortos.

A vacina, produzida pelos laboratórios farmacêuticos Sanofi Pasteur, tinha já sido autorizada este mês no México e nas Filipinas.

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