Açoriano Oriental
Restauração nos Açores diz que está preparada para impacto das 'low cost'
O líder nos Açores da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) considera que o setor da restauração está "muito bem preparado" para fazer face ao surgimento das companhias
Restauração nos Açores diz que está preparada para impacto das 'low cost'

Autor: Lusa/AO Online

“Estamos preparados, na minha perspetiva, muito bem preparados, embora algumas pessoas contradigam isso, as que eu chamo os profetas da desgraça”, declarou à agência Lusa Luís Duarte.

A partir de 29 de março, o mercado aéreo dos Açores vai estar aberto a outras operadoras, designadamente às companhias ‘low cost’, que irão concorrer diretamente com as transportadoras aéreas SATA e TAP nas rotas de Ponta Delgada.

Também a rota com a ilha Terceira foi liberalizada, mas nenhuma operadora ‘low cost’ manifestou apetência por este mercado.

Luís Duarte admite que, a concretizar-se a chegada de mais turistas aos Açores por via das companhias aéreas de baixo custo, a restauração tenha que reforçar os meios humanos.

O responsável da AHRESP nos Açores, que está “muito expetante e otimista”, afirma, contudo, que este não é apenas um desafio da restauração, mas também das empresas de animação turística e de todos os intervenientes do setor turístico, sem exceção.

“A restauração, o hotel e o avião não fazem tudo”, alertou, acrescentando que tem que haver a “responsabilidade de saber receber e fazer” de todos, até ao nível de cidadão, para além do dos serviços.

O responsável considera que a chegada de mais turistas constitui também um “sinal de esperança” num momento de recessão económica e financeira e deixa a mensagem de que é necessário potenciar as distinções que o arquipélago tem recebido como destino de turismo sustentável.

“Vamo-nos fazer valer dos galardões que os Açores têm recebido ao longo dos anos. Havendo a liberalização do espaço aéreo não vamos ter argumentos para fazer nada mal feito”, disse.

O líder do PS/Açores e presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, defendeu numa iniciativa do seu partido sobre as novas obrigações do serviço público de transporte aéreo, em Ponta Delgada, que este é um “ponto de partida” e não um “ponto de chegada” e afirmou que o sucesso do turismo depende dos empresários.

De acordo com Vasco Cordeiro, este modelo é “particularmente benéfico” para a região, mas também “particularmente exigente” para os agentes do setor turístico que, “mais do que nunca, têm que se empenhar no seu sucesso”.

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