Açoriano Oriental
Representante da República para os Açores defende consenso para "projeto humanista"
O representante da República para os Açores, Pedro Catarino, defendeu hoje um consenso amplo e genuíno em torno das "políticas de recuperação" da região e centrado num "projeto humanista integral".
Representante da República para os Açores defende consenso para "projeto humanista"

Autor: Lusa/AO Online

"Poder assentar as políticas de recuperação da região e do país num amplo consenso em torno de um projeto humanista integral, centrado na valorização desta cultura dos direitos humanos, é uma mais-valia inestimável e que nos deve encher de orgulho e de esperança", disse Pedro Catarino, na sua mensagem de ano novo, enviada à comunicação social.

"É com essa confiança que, governantes e governados, no plano pessoal e institucional, devem enfrentar o ano novo que agora se anuncia, unindo esforços para desenhar o nosso futuro comum à luz deste consenso genuíno em torno dos mais fundamentais valores humanistas", acrescentou.

Na sua mensagem aos açorianos, o representante da República lembra o discurso que o papa Francisco fez este ano no Parlamento Europeu, em que defendeu a necessidade de se “aprofundar uma cultura de direitos humanos”, em todas as suas dimensões, para falar na "procura de novos caminhos", agora que o país recuperou a sua total soberania, após a saída da 'troika'.

"Nesta conceção dos direitos humanos ninguém é insignificante e nenhuma pessoa pode ser deixada para trás", sublinha Pedro Catarino, referindo que dela faz parte, por exemplo, "uma ideia muito exigente de justiça intergeracional".

Segundo o responsável, a educação dos mais novos, a valorização do trabalho e a sua compatibilização com a vida familiar e a garantia de condições necessárias para a participação social e cultural dos idosos são problemas de direitos humanos que devem ser encarados pelos governantes.

Para Pedro Catarino, os direitos humanos "implicam, sobretudo, um duplo compromisso", sendo o primeiro "para com os outros - para com a igual dignidade de cada um dos outros concidadãos" e o segundo "para com a comunidade no seu conjunto - plano onde se situam as virtudes fundamentais da solidariedade e da prossecução do bem comum".

Apesar de, na sua opinião, a nível nacional, 2014 não ter sido "ainda um ano bom, de franca recuperação económica e de claro progresso social e cultural", foi "um ano em que alguma estabilidade parece ter sido alcançada e em que Portugal retomou uma parte substancial da sua soberania", o que, em associação com outros sinais positivos, permite pensar que "melhores dias virão e que é tempo de preparar o futuro com redobrado afinco".

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