Açoriano Oriental
Reforço de patrulhas por calamidade devido aos incêndios
O reforço de patrulhas de dissuasão e vigilância nas florestas, em resultado da declaração de calamidade pública vai ser materializado durante o dia de hoje, estando a decorrer reuniões nos comandos de distrito, informou a Proteção Civil.
Reforço de patrulhas por calamidade devido aos incêndios

Autor: Lusa / AO online


"Muitas dessas reuniões começaram às 08:00 e por isso em alguns distritos é possível que o reforço de meios já esteja a acontecer", afirmou a adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar, no 'briefing' diário sobre os fogos florestais na sede da Proteção Civil, em Carnaxide.

Todos os distritos do país, à exceção de Évora, Lisboa e Setúbal, estão sob o aviso vermelho da Proteção Civil, reforçando o estado de prontidão e a capacidade de resposta dos meios operacionais nesses distritos.

Sobre os incêndios dos últimos dias, aquela responsável destacou o "comportamento absolutamente extremo" dos fogos, lembrando que em Mação (Santarém), por exemplo, o fogo conseguiu percorrer dez quilómetros em duas horas.

"A reativação quando surge é sempre com enorme violência", comentou, referindo-se à reativação em Mação que, juntamente com o Gavião (Portalegre), focaram esta noite e manhã a atenção dos bombeiros.

Em Mação, esta noite, três primeiras habitações foram afetadas, mas não inteiramente destruídas.

Desde dia 11, foram assistidas 67 pessoas, registaram-se 100 feridos, dos quais 92 ligeiros.

"Sete desses feridos, entre os quais um grave, registaram-se nas últimas sete horas", adiantou a Proteção Civil.

O Governo decretou calamidade pública, com efeitos preventivos, ativada às 14:00 de sexta-feira e que se prolonga até às 24:00 de segunda-feira, em cerca de 155 concelhos, sobretudo das zonas centro e interior norte do país, face ao "risco acrescido de incêndio nestes concelhos que se irá agravar progressivamente" no período de tempo abrangido.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o dispositivo de patrulhas da Marinha, Exército, GNR, PSP e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas iá ser reforçado no âmbito da declaração de calamidade pública, aumentando de 40 para 140 de patrulhas de vigilância e dissuasão das Forças Armadas, mais 150 da GNR e dois meios aéreos.

"Com esta declaração [de calamidade pública com efeitos preventivos, que vigora até segunda-feira], vamos proceder a um reforço da mobilização de todos os meios disponíveis, particularmente reforçando as patrulhas de dissuasão e vigilância nas florestas", disse António Costa.


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