Açoriano Oriental
Redução da iluminação pública vai alargar-se a todo o arquipélago
 A redução da iluminação pública para contenção de custos começou nos Açores pela Câmara da Povoação e vai estender-se a outros municípios, revelando a PSP que a medida não provocou um aumento da criminalidade e da insegurança.
Redução da iluminação pública vai alargar-se a todo o arquipélago

Autor: Lusa/AO Online

"A criminalidade não aumentou", afirmou o subcomissário Nuno Costa, porta-voz do Comando Regional da PSP nos Açores, em declarações à Lusa, numa referência à situação naquele concelho de S. Miguel desde que há cerca de três semanas foi reduzida a iluminação nos locais públicos.

A Câmara da Povoação foi a primeira a anunciar uma redução de 50 por cento na iluminação pública, seguindo a lógica sequencial de uma lâmpaga apagada entre duas acesas, numa medida que deverá gerar uma poupança superior a 3000 euros mensais.

"Se formos a analisar estas duas a três semanas, desde que começou a diminuir a iluminação, a criminalidade não aumentou. Antes pelo contrário, acompanhou a tendência de redução (que se tem verificado em 2011)", frisou Nuno Costa, acrescentando que, "até agora, não existe uma relação direta entre a diminuição da iluminação e o aumento de crimes contra o património".

O porta-voz da PSP/Açores admitiu que isso nunca chegue a acontecer, uma vez que a redução de iluminação não é a 100 por cento, nem em zonas residenciais.

Nuno Costa salientou a "forma estudada" como a medida foi implementada, considerando que "ainda não teve qualquer impacto, nem parece que vá ter no futuro, na segurança do cidadão".

O exemplo da Povoação deve ser seguido em breve por outros munícipios, tendo a Eletricidade dos Açores (EDA) já recebido um pedido da Ribeira Grande enquanto outras autarquias "estão a estudar o assunto", revelou João Correia, diretor de distribuição da elétrica açoriana, em declarações à Lusa.

As Câmaras da Lagoa e Vila Franca do Campo (S. Miguel), Praia da Vitória (Terceira) e Santa Cruz (Flores), segundo o diretor de distribuição das EDA, "pediram as plantas da rede", mas "ainda não formalizaram" a intenção de reduzir a iluminação pública.

O Governo Regional dos Açores também vai "reduzir em 40 por cento o consumo de iluminação pública em todas as ilhas", revelou João Correia, acrescentando que "os trabalhos em S. Miguel deverão estar concluídos até final de janeiro", também na lógica sequencial de uma lâmpada acesa e outra apagada.

Relativamente à Povoação, João Correia salientou que "o trabalho está praticamente concluído, estimando-se uma redução em 40 por cento", apesar de a autarquia ter apontado para uma diminuição de 50 por cento.

"Isso implicaria tirar lâmpadas em zonas residenciais, uma prática que não se revelava adequada", afirmou, frisando que "nas estradas, onde não existem casas, foram conseguidos os 50 por cento, mas nas zonas urbanas será de cerca de 40 por cento".

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