Açoriano Oriental
Rangel diz que Passos Coelho "bateu o pé" a Merkel na União Bancária
O eurodeputado Paulo Rangel disse que o primeiro-ministro "bateu o pé a Merkel" na união bancária, defendendo que Portugal deve igualmente estar "na vanguarda" no tratado de comércio com os EUA e na "economia do mar".
Rangel diz que Passos Coelho "bateu o pé" a Merkel na União Bancária

Autor: Lusa/AO Online

 

Segundo o cabeça de lista PSD/CDS nas eleições europeias de 25 de maio, o Governo português, formado pela mesma coligação, assim como os eurodeputados dos dois partidos, já deram provas de estarem "na vanguarda" e de conseguirem "liderar" negociações e dossiês importantes em Bruxelas, referindo o caso dos fundos europeus e da união bancária.

"Estivemos na vanguarda, embora os nossos adversários queiram dizer outra coisa, da união bancária. A pessoa, o primeiro-ministro que bateu o pé à senhora Merkel [chanceler alemã] na união bancária foi o primeiro-ministro Passos Coelho, contra tudo aquilo que para aí se diz", garantiu Paulo Rangel, que falava em Ponta Delgada, na conferência "Açores 2020", organizada pela candidatura da coligação "Aliança Portugal" (PSD/CDS).

Para o eurodeputado, Portugal, tem "a moral de quem concordou antes e pode discordar à vontade", sublinhando que foi "testemunha" de que a posição do primeiro-ministro português quanto à união bancária "foi sempre referida no Parlamento Europeu" pelos partidos da família do PSD e do CDS, mas também pelos socialistas como uma "referência quanto àquilo que podia ser feito".

"Portanto, há agendas em que podemos liderar", sublinhou, apontando a "economia do mar" e o tratado de comércio livre que a Europa está a negociar com os EUA e o Canadá.

Rangel sublinhou que a formar-se esta "espécie de mercado comum" entre os dois lados do Atlântico e as duas regiões "mais ricas de longe do globo", Portugal e os Açores passam de periferias e ultraperiferias europeias a "país central" e a "região ultracentral".

Sublinhando que mudará "radicalmente" a posição e a importância geoeconómica, geopolítica e geoestratégica do país, considerou que, no entanto, este "tema crucial" para os próximos 20 a 30 anos é "pura e simplesmente ignorado" pelos "adversários" da coligação, que qualificou como "candidatos do protesto e não do projeto".

Numa intervenção de mais de meia hora, Rangel apontou mais duas "prioridades" da candidatura PSD/CDS: a garantia de que os Açores manterão o estatuto de região ultraperiférica e de que há "consequências dessa classificação" e o setor primário (agricultura e mar).

Neste último caso, considerou que "o PS desistiu da agricultura" ao excluir da lista às europeias deste ano Capoulas Santos e prometeu estar na "linha da frente" pela busca de alternativas ao fim das quotas leiteiras, previstas para 2015.

Por outro lado, garantiu que o PSD tem um projeto para desenvolver "a economia azul" ou "economia do mar", sublinhando que tem agora uma dimensão que engloba não só as pescas, mas também a investigação, a exploração de recursos naturais da nova plataforma continental ou o turismo.

 

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados