Açoriano Oriental
Quebra de 26% em 2009 é o pior resultado dos últimos 22 anos
O ano de 2009 foi o pior dos últimos 22 anos em vendas de automóveis. O sector terminou os doze meses com 203.682 veículos vendidos, menos 26 por cento que em 2008, e 60 mil unidades abaixo do até agora pior ano da década, 2003.
Quebra de 26% em 2009 é o pior resultado dos últimos 22 anos

Autor: Lusa/AO Online

Para evitar o cenário de pior ano da década, as marcas teriam de ter vendido em Dezembro 80 mil carros, mais do triplo das vendas médias desse mês nos últimos cinco anos, mas venderam apenas 22.164 carros.

Os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) para 2009 divulgados hoje (incluindo ligeiros de passageiros, todo-o terreno, monovolumes e comerciais ligeiros e pesados) indicam que até ao final de Dezembro foram vendidos em Portugal 203.682 automóveis, uma quebra de 26 por cento face a 2008.

Numa análise aos dados da ACAP verifica-se que antes de 2009 o pior ano dos últimos dez tinha sido o de 2003, quando se venderam pouco mais de 263 mil carros (de todas as categorias). Ou seja, para que 2009 não se tornasse o pior ano de sempre desde 2000, as marcas teriam de ter vendido em Portugal pouco mais de 81 mil carros só em Dezembro.

Nos últimos cinco anos, neste mês vendeu-se em Portugal uma média de 22 mil carros, oscilando entre os 20.158 veículos em Dezembro de 2006 e os 27.293 no último mês de 2008.

Segundo a ACAP, o mercado de ligeiros de passageiros encerrou o ano de 2009 com 160.996 unidades comercializadas, ou seja, menos 24,6 por cento do que no ano anterior.

O secretário-geral da Associação, Hélder Pedro, declarou à Lusa que "este é o valor mais baixo dos últimos 22 anos". "Apenas encontramos um mercado de menor dimensão antes de 1988, isto é, na época em que as importações de automóveis eram controladas pelo Estado", acrescentou.

A ACAP estima que "a crise económica e a elevada fiscalidade são os grandes responsáveis pela forte contracção" do mercado automóvel nos últimos anos. No entanto, a associação ressalva que "as vendas em 2009 teriam sido ainda mais baixas se não estivesse em vigor o programa de incentivos ao abate, o qual, todavia, se encontra suspenso desde o dia 1 de Janeiro".

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