Açoriano Oriental
PSD e CDS garantem programa realista e preservam autonomia em acordo de coligação
No acordo de coligação entre PSD e CDS para as legislativas promete-se um programa realista e reformador, pressupondo que se "preserva a autonomia" de cada partido e destacando-se a experiência governativa e "cultura de compromisso" de ambos.
PSD e CDS garantem programa realista e preservam autonomia em acordo de coligação

Autor: LUSA/AO Online

Assinado em Guimarães, local escolhido pelo simbolismo de ser o berço da nação, perante cerca de 1500 simpatizantes e militantes, no compromisso firmado entre os partidos atualmente no Governo confirma-se ainda a intenção de CDS e PSD de apresentarem um candidato comum às eleições presidenciais de 2016, candidato esse que será revelado preferencialmente após as eleições legislativas. "Em consequência deste acordo PSD e CDS terão como prioridade apresentar aos portugueses um programa orientado para o futuro, realista nas suas propostas, reformador da sua atitude e solidário nos seus objetivos", lê-se no texto que hoje foi assinado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Esse programa, explana o acordo, "refletirá naturalmente os compromissos assumidos no Programa de Estabilidade e no Plano Nacional de Reformas mas deverá beneficiar ainda de contributos das equipas e dos dois partidos e de uma abordagem aberta e participada com a sociedade civil e as suas instituições". O compromisso assinado por Paulo Portas e Pedro Passos Coelho vinca a identidade de cada um dos partidos a que presidem e realça a capacidade de trabalho em conjunto dos dois líderes. "Os dois partidos têm identidades diferentes e continuarão a honrar a sua história e a sua singularidade. Mas PSD e CDS tem experiência de Governo, cultura de compromisso e capacidade de entendimento", refere-se no texto. "Essa mais valia não existe noutros setores políticos" salienta o texto que volta enaltecer a liberdade de PSD e CDS de tomarem ou posições unilaterais consagrando que "o presente acordo preserva a autonomia dos partidos subscritores". Na base do entendimento entre os dois partidos de direita, esclarece o referido acordo, está o "interesse nacional acima de tudo" pelo que PSD e CDS consideram que devem fazer "tudo "o que estiver ao seu alcance para vencer as próximas eleições (?) e evitar o risco de Portugal desperdiçar o caminho feito e regressar a políticas erradas e ilusões perigosas". Isto porque, dizem CDS e PSD, "Portugal sofreu muito na sua reputação com o que aconteceu em 2011", "os portugueses fizeram enormes esforços para salvar o país da bancarrota" e, explicam, os que os elegeram "não perdoariam" se ambos não fossem "capazes de colocar Portugal primeiro". Sobre a constituição das listas a deputados à Assembleia da República, no texto assinado estabelecem-se listas conjuntas "com o objetivo de continuar a oferecer a Portugal um projeto de esperança e responsabilidade, com estabilidade política", ficando estabelecido que "cada partido constituirá um grupo parlamentar autónomo". Assim, as referidas listas vão obedecer "no que respeita à proposta e ordenação dos candidatos de cada um dos partidos ao critério da transposição dos resultados obtidos em cada círculo eleitoral nas eleições legislativas de 2011". PSD e CDS afirmam ainda considerar "muito importante para o interesse de Portugal poder aproveitar ao máximo so próximos quatro anos para o crescimento e o emprego" através do bom uso "e a tempo" dos fundos europeus, ou seja, "agarrar com as duas mãos o momento de confiança que existe agora na economia portuguesa e acentuar as políticas que garantem o aumento do investimento e das exportações": Garantindo que partem com a "ambição de vencer", PSD e CDS comprometem-se ainda a fazer uma campanha "pela positiva" e sóbria nos recursos utilizados. "Acreditamos que a maioria dos portugueses decidirá prestigiar Portugal e abrir um ciclo de merecida esperança. Contamos com cada português e governaremos para todos com moderação, isenção e tolerância", prometem. Passos Coelho e Paulo Portas chegaram a Guimarães ao mesmo tempo mas em carros separados, tendo assinado o acordo antes dos discursos. O líder do CDS-PP não falou mais de 10 minutos, enquanto o presidente do PSD chegou aos 15 minutos.

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