Autor: AO Online
Em comunicado, Mónica Seidi, diz que o facto de a SATA ter recuado da decisão unilateral, previamente assumida como a mais correta, repondo uma das promessas inscritas no PREIT, “dá razão a todas as queixas que a decisão motivara, mostrando que a mesma foi completamente precipitada. E que o Governo Regional não foi sério na interpretação dos dados”.
“Aliás, foi a própria Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas a garantir que a conetividade e acessibilidade à Ilha Terceira estava melhor que nunca. E é essa mesma governante, três meses depois, a protagonizar o anúncio do restabelecimento da ligação em causa”, avança.
Na altura, Ana Cunha disse que o fim da rota Lajes-Porto continuava a ser uma decisão de gestão da administração da SATA, que tinha em conta os índices de ocupação verificados e a rentabilidade e sustentabilidade da referida ligação”, acrescenta.
“Ou seja, o Governo Regional, a SATA, e os deputados do PS, alegaram que a rota tinha baixas taxas de ocupação e que não era rentável. Em plenário, uma deputada socialista disse mesmo que a Economia da Terceira não foi beliscada com a extinção da rota Terceira-Porto, pois até evidenciava o contrário”, sublinha Mónica Seidi.
Para os social democratas, a rota devia ter sido analisada “não apenas no conjunto das acessibilidades entre a Terceira e o Continente, e tendo em conta os direitos e as expetativas dos terceirenses, mas também em termos turísticos da ilha, dada a importância da região norte do país, a sua proximidade à Galiza e a todo o mercado espanhol”, frisa.
“Este é um recuo que tardou em acontecer, mas finalmente a SATA e o seu acionista maioritário, o Governo Regional, parecem ter percebido que a estratégia vigente não serve os terceirenses. Pena terem demorado tempo demais a ver isso, o que é imperdoável”, diz a deputada.
“Além disso, ficou uma vez mais demonstrado que os camaradas socialistas têm prioridades diferentes daquelas que o executivo açoriano vai reservando para a Ilha Terceira”, adianta.
Os deputados do PSD/Açores lembram igualmente que, em março deste ano, e no âmbito de um projeto de resolução que visava o restabelecimento desta ligação, apresentado pelo CDS, “o PS, incluindo naturalmente os seus deputados eleitos pela ilha Terceira, e em maioria, rejeitou esse projeto, ignorando liminarmente os pareceres favoráveis dados pelos autarcas socialistas das Câmaras de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória, que condenaram o fim daquela rota”.
Os social democratas concluem referindo que, “apesar dos visíveis prejuízos que se foram acumulando para a Ilha Terceira, não serão apenas os seus habitantes a beneficiar com o retrocesso na decisão, mas sim todos os açorianos que serão servidos pela Gateway das Lajes. E é também para isso que a SATA existe, para servir os todos os açorianos”.