Açoriano Oriental
PSD considera "meio recuo" decisão da Câmara de Povoação de não aplicar taxa turística
O PSD das Furnas congratulou-se hoje com a decisão da Câmara da Povoação, nos Açores, de não aplicar a taxa turística, mas considera tratar-se "apenas de meio recuo", dado que "falta revogar as tarifas da lagoa das Furnas".
PSD considera "meio recuo" decisão da Câmara de Povoação de não aplicar taxa turística

Autor: Lusa/AO Online

“Ainda que se trate, nesta fase, de meio recuo, não podemos deixar de nos congratular com esta grande vitória do povo das Furnas, que é um exemplo de democracia participativa e de como os cidadãos se devem unir contra políticos arrogantes e prepotentes, pelo que esta é também uma vitória da democracia”, refere um comunicado do PSD das Furnas.

A Câmara Municipal da Povoação anunciou na terça-feira, em comunicado, que não vai avançar com uma taxa turística municipal, justificando que "este não é um tempo favorável à aplicação” da medida, que estava a ser muito contestada pelos empresários e população.

“Apesar de continuar a considerar uma boa proposta, pois ela aumentaria as receitas do nosso concelho, sem qualquer custo para todos os povoacenses de todas as nossas freguesias, como presidente da Câmara não posso deixar de concluir que, apesar da bondade das suas consequências para todos nós, este não é um tempo favorável à aplicação desta taxa”, sustentou o presidente da autarquia, Carlos Ávila.

Hoje em comunicado os membros da Assembleia de Freguesia das Furnas, eleitos pelo PSD, referem que "é apenas meio recuo" e afirmam que aguardam “a todo o momento o recuo total nas tarifas da lagoa das Furnas”, onde são confecionados os tradicionais cozidos, que são colocados em buracos no solo, aproveitando as fumarolas vulcânicas.

“Não vamos baixar os braços enquanto Carlos Ávila não fizer aquilo que o povo das Furnas, com todo o direito e com toda a justiça, determinadamente lhe exigiu e exige”, acrescenta o comunicado.

Esta proposta da taxa turística do concelho da Povoação, em São Miguel, nos Açores, tinha sido aprovada por unanimidade (com os votos do PS e do PSD) em reunião da Câmara Municipal e aprovada na reunião da Assembleia Municipal apenas com dois votos contra. A discussão pública terminou na segunda-feira.

A taxa proposta, que gerou contestação de empresários e da Junta de Freguesia das Furnas, variava entre um euro e cinquenta cêntimos e iria incidir sobre os turistas que visitassem a Povoação e que pernoitassem em unidades de alojamento do município.

Seria aplicada a todas as pessoas com mais de 10 anos e por noite de estadia.

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