Para Duarte Freitas, os novos modelos de convenções e reembolsos nos Açores traduzem-se "de novo" em "piores condições de acesso à saúde" para quem vive nas ilhas, ou seja, "exatamente o contrário" daquilo que os socialistas prometeram na campanha eleitoral das eleições legislativas regionais de 2012.

Considerando estar em causa mais um "ataque ao Serviço Regional de Saúde e ao estado social nos Açores", apelou a um recuo nesta matéria, sublinhando que neste caso limita o acesso a consultas e tratamentos quando as pessoas "mais precisam", quando estão doentes.

"Não se compreende", disse Duarte Freitas, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, considerando que a decisão só pode ter sido da vice-presidência do executivo, que tutela as finanças, e não do secretário regional da Saúde, Luís Cabral, "que é médico".

Para Duarte Freitas, o Governo Regional socialista segue "uma via açoriana de cortes e mais cortes na área da saúde".

Em causa está um novo modelo de convenções e reembolsos proposto pelo Governo Regional, que visa "tornar o Sistema Regional de Saúde mais sustentável e mais racional no seu funcionamento", segundo Luís Cabral.

Nesse sentido, está prevista uma redefinição da tabela de preços, aproximando-a da tabela aplicada a nível nacional, e as convenções deixarão de ser feitas de forma centralizada.

No caso dos reembolsos de consultas ou tratamentos no setor privado, passará a haver limites aos pedidos que cada utente pode fazer por ano.

O secretário regional da Saúde justificou estas mudanças com o aumento da capacidade de resposta do Serviço Regional de Saúde.