Açoriano Oriental
PSD/Açores quer mais verbas de Bruxelas na economia e menos no setor público
O líder do PSD/Açores disse hoje que se vencer as próximas eleições legislativas regionais vai reafectar as verbas comunitárias para que os empresários e a sociedade tenham um maior acesso aos apoios, em detrimento das entidades públicas
PSD/Açores quer mais verbas de Bruxelas na economia e menos no setor público

Autor: LUSA/AO online

"Vamos reafectar as verbas relativas ao Programa Operacional dos Açores 2014-2020 [PO Açores 2020] para que os empresários e a sociedade civil tenham um acesso significativo aos fundos europeus e deem a sua imprescindível contribuição para o desenvolvimento da região”, declarou Duarte Freitas.

O dirigente social-democrata, que falava em conferência de imprensa em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, no final das jornadas parlamentares dos deputados do PSD ao Parlamento Europeu, quer que haja uma “distribuição equilibrada” dos cerca de 1.500 milhões de euros de fundos comunitários de que a região vai beneficiar até 2020.

Duarte Freitas considerou ser “essencial acabar com o sufoco da governação socialista”, que fez com que o Governo dos Açores e outras entidades públicas “tenham gerido 80% dos fundos comunitários” de que a região beneficiou entre 2007 e 2013, ficando a sociedade civil “apenas com migalhas”.

Os Açores “continuam com várias dificuldades” na sociedade e economia da região, sublinhou, exemplificando com o desemprego “muito elevado”, uma saúde que “tem piorado”, uma educação com “indicadores trágicos”, umas pescas “com problemas” e o “coração da economia”, a produção leiteira, “em risco”.

“Com os fundos comunitários que temos e tivemos ao nosso dispor, exige-se muito mais”, afirmou Duarte Freitas.

No seu entender, neste período de 20 anos de poder socialista, em que o executivo “recebeu tanto dinheiro”, deveria haver resultados “bem melhores para os açorianos”.

O eurodeputado Carlos Coelho defendeu, por seu turno, que é necessário “dar mais espaço à economia e sociedade civil dos Açores e menos aos serviços públicos”, referindo que houve “demasiada sofreguidão do poder político para puxar para si os recursos comunitários”, gastando-se “demais no setor público” e menos na economia”.

O parlamentar apontou que o que gera emprego e crescimento económico é uma “economia saudável”, devendo haver um “maior estímulo à economia e um menor apetite dos serviços públicos em gastar todo o cêntimo que vem de Bruxelas”.

No capítulo da produção leiteira, Carlos Coelho declarou que os eurodeputados do PSD estão a trabalhar para criar um mecanismo de compensação pela baixa do preço do leite no mercado, quando este atingir um determinado valor, considerando que no caso específico dos Açores, pela dimensão económica e social deste produto, a “ameaça é real”.

As jornadas parlamentares dos deputados do PSD no parlamento Europeu tiveram lugar nos Açores na quarta e na quinta-feira.

 

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