Autor: Miguel Bettencourt Mota
Recorde-se que uma nota de imprensa do CDS, que fazia eco das palavras
de Artur Lima, veiculou esta sexta-feira a acusação de que o "caos dos
correios" na Região encontrava relação com a ausência de "uma verdadeira
política de
transportes e comunicações
do governo de Vasco Cordeiro, que comprometeu o serviço universal
dos correios nos Açores ao ter assistido impávido e sereno à
supressão de voos da TAP e da SATA para as ilhas dos Açores, com a
correspondente diminuição da respetiva capacidade de carga".
No comunicado dos centristas, o líder do partido nos Açores suportava-se nas palavras do presidente executivo dos CTT, que, esta quarta-feira, afirmou que a empresa tinha "um problema sério nos Açores" que se prendia com os transportes aéreos.
"É um drama que vivemos, temos chamado a atenção de todas as entidades", disse Francisco de Lacerda, explicando que muitas vezes a Força Aérea "faz o favor de levar o saco do correio", uma vez que a empresa não consegue espaço na TAP ou SATA.
Diz o grupo parlamentar do PS que "bem percebe a atabalhoada tentativa do presidente dos CTT em responsabilizar terceiros pelas sucessivas falhas da sua empresa em relação ao serviço postal nos Açores, e até no país, após a privatização", mas confessa não conseguir compreender "a atitude do deputado Artur Lima, de desresponsabilização da empresa e de acusação ao Governo Açores, ainda para mais com a argumentação utilizada".Adensam-se as críticas dos socialistas que, numa nota enviada a este jornal, dizem ser "preciso não ter memória" e "vergonha" para as acusações veiculadas pelo CDS, ou não esquecessem "o papel central que o Governo PSD/CDS-PP - espaneficamente apoiado pelo seu vice-presidente, Artur Lima - " teve na privatização das empresas TAP e CTT, tendo "como consequência, por um lado o abandono de rotas aéreas, de serviço público, nomeadamente a rota da Horta e, por outro lado, a degradação acentuada do serviço postal na Região".
Para os deputados do PS a posição do CDS é definidora de "má oposição política" e consideram "não contribuir em absolutamente nada para melhorar o serviço prestado pelos CTT na Região".
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