Açoriano Oriental
PS/Açores lamenta identificação "tardia" do problema de abastecimento de energia na ilha Terceira
O presidente do grupo parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, salientou hoje o "empenho" da EDA em resolver o problema de abastecimento de energia na ilha Terceira, lamentando, no entanto, que a sua identificação tenha sido "tardia".
PS/Açores lamenta identificação "tardia" do problema de abastecimento de energia na ilha Terceira

Autor: LUSA/AOnline

“Aquilo que esperamos é que esta questão possa ser resolvida o mais rapidamente possível, para que não continuemos a assistir aos problemas que tem havido, com prejuízos e constrangimentos económicos e sociais para toda a ilha Terceira”, frisou, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião dos deputados regionais socialistas, eleitos pela ilha Terceira, com a administração da Eletricidade dos Açores (EDA).

No passado dia 12 de agosto, a ilha Terceira esteve durante cerca de sete horas sem energia elétrica, sendo que o corte geral se repetiu por períodos alongados outras vezes em setembro e outubro, o que provocou queixas dos empresários locais.   

Berto Messias salientou que, neste momento, “os problemas estão devidamente identificados” e que “as ações estão devidamente planeadas e planificadas”, considerando, no entanto, que os problemas “deviam ter sido identificados antes e com outra celeridade”.

“A EDA assumiu os erros, assumiu alguma falta de atenção em identificar esses problemas”, frisou, lamentando que a “disponibilidade de investimento não tenha sido assumida antes”.

O líder parlamentar socialista disse ainda ter garantias da EDA de que as pessoas lesadas serão ressarcidas “caso se verifique que esta é uma questão justa”.

Segundo o administrador executivo da EDA, Jaime Medeiros, a resolução total do problema que originou cortes de energia na ilha Terceira vai implicar uma intervenção orçada em “cerca de 2 milhões de euros”, na Central do Belo Jardim, na Praia da Vitória, “porque ela foi construída em três moldes, em três momentos diferentes e neste momento eles não estão totalmente integrados uns com os outros”.

“Os problemas mais graves estão resolvidos e a nossa ideia é que até final deste ano tudo o que possa vir a causar perturbação fique concluído”, adiantou, acrescentando que a intervenção de fundo será realizada no próximo ano.

Jaime Medeiros rejeitou ainda que a EDA tenha desinvestido na ilha Terceira, alegando que, em 2003, a interrupção equivalente de energia na Terceira foi de “cerca de 60 horas”, quando em julho deste ano era de duas horas, podendo “disparar para cerca de seis” com os recentes cortes.

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