Autor: lusa
O Governo chinês mantém a sua tese de que o movimento foi um “tumulto contrarrevolucionário” e a discussão pública sobre a ação dos estudantes é ainda tabu no país, apesar de ser lembrado anualmente nas duas regiões administrativas especiais da China – Hong Kong e Macau – que se regem por um sistema político distinto do do continente.
Apesar das liberdades de Hong Kong e Macau, os ativistas pró-democratas consideram que a polícia da antiga colónia britânica está a tentar restringir as actividades destinadas a assinalar a data.
No sábado, a polícia de Hong Kong prendeu treze ativistas e confiscou a estátua da “Deusa da Democracia” dedicada às vítimas de Tiananmen e que foi instalada nas imediações de um centro comercial, local onde, segundo a polícia, os manifestantes não tinham licença para fazer a instalação.
Hoje, a polícia voltou a confiscar uma versão mais pequena da estátua durante uma manifestação na qual as autoridades policiais não intervieram.
“A perseguição política é uma vergonha”, entoavam os cerca 400 manifestantes antes do início do protesto em direção à sede do Governo e sob uma forte chuva que caía na cidade.
“A mente do Governo de Hong Kong é tacanha”, disse o manifestante Anthony Cheung ao salientar os seus receios relativamente à diminuição da liberdade de expressão na cidade justificada com “o cada vez menor espaço para expressar opiniões”.
A população de Hong Kong tem planeada para sexta feira num parquet da cidade mais uma vigília à luz das velas, assinalando assim o dia do massacre.