Autor: Lusa/AO Online
"Todos os equipamentos vêm com um sistema de geolocalização, coisa que era impensável há 15 anos atrás e que hoje em dia permite que os operadores do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores saibam exatamente onde está cada um dos terminais rádio, onde está cada uma das viaturas empenhadas na operação e isso é muito importante, porque não só permite alocar o meio mais perto às ocorrências, como permite também salvaguardar a segurança dos próprios intervenientes", salientou o secretário regional da Saúde.
Luís Cabral falava aos jornalistas à margem da inauguração da sala de atendimento e gestão de emergência da Proteção Civil e da apresentação oficial da nova rede de comunicações, que está a funcionar em todo o arquipélago desde a semana passada.
A rede de tecnologia digital, que representou um investimento de dois milhões de euros, nos últimos dois anos, inclui 26 pontos de cobertura e 600 utilizadores.
Segundo Paulo Moniz, administrador da Globaleda, empresa que desenvolveu a rede, todas as comunicações dependem de meios próprios e cada zona tem capacidade para ser coberta autonomamente, se não houver capacidade de interligação de meios, o que dá uma maior garantia em situação de catástrofe ou emergência.
"No conceito das redes de emergência, quando é necessário uma ambulância, um carro de bombeiros, um meio, tem de ser mobilizado no imediato, não pode haver congestão de rede, não pode haver dependência de terceiros", frisou.
Estando a rede instalada nos Açores, a empresa teve também um conjunto de preocupações antissísmicas, como a fixação dos bancos de baterias para não haver risco de incêndio, em caso de um sismo, ou a colocação dos equipamentos em armários com maior resiliência.