Açoriano Oriental
Projeto "TeleAula" apoia quatro alunas doentes
O projeto "TeleAula", implementado com equipamentos da Fundação Portugal Telecom, apoia este ano quatro alunas da ilha de São Miguel impossibilitadas de frequentar a escola por motivos de doença.
Projeto "TeleAula" apoia quatro alunas doentes

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

"Através de um computador na escola, numa sala de aula indicada pela escola, porque é preciso gravar as aulas, os alunos em sua casa ou no hospital, através de um computador e 'software' apropriado, conseguem acompanhar as aulas", afirmou a presidente da Fundação PT, Graça Rebôcho, acrescentando que os beneficiários são sobretudo crianças com doenças prolongadas, designadamente oncológicas.

A Fundação PT, a secretaria regional da Educação e Cultura nos Açores e o grupo de amigos da pediatria do Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, assinaram hoje um protocolo de colaboração, com vista à concretização do projeto "TeleAula", com duração no ano letivo 2016/2017.

Graça Rebôcho adiantou que este projeto ocorre há já 17 anos no país, apoiando anualmente cerca de 30 alunos identificados pelo Ministério da Educação, acrescentando que em 2016 os Açores acolheram um projeto piloto, que envolveu duas alunas da ilha de São Miguel, que continuam este ano a ser apoiadas.

Segundo disse a responsável, a Fundação PT apoia os alunos identificados com os equipamentos, não sendo agora preciso instalar nada nos computadores, uma vez que basta ter acesso à internet para poder começar a assistir à "TeleAula".

"O projeto está aberto. Temos toda a disponibilidade para continuar a apoiar. Em termos de "TeleAula", que nenhum aluno fique excluído por não ter computador e a solução para assistir às aulas", frisou a responsável pela Fundação PT, revelando que há casos de alunos que utilizaram esta solução deste a primária até ao mestrado.

Para o secretário regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses, este projeto permite "dar um passo maior, um passo mesmo extraordinário" no apoio a alunos doentes, logo, com necessidades educativas mais especiais.

"Já não se trata de trazer os portadores de qualquer deficiência, de qualquer doença à escola, trata-se sim de levar a escola aqueles que não podem ir à escola, que estejam num hospital ou no próprio domicílio", sustentou Avelino Meneses, que elogiou os alunos que pelo seu esforço "derrubam barreiras" e os professores que "fazem muito mais do que lhe foi ensinado".

A vice-presidente do grupo de amigos da pediatria do Hospital Divino Espírito Santo considerou que esta solução tem um grande alcance social, até porque "há crianças que manifestam tristeza por não poderem ir às aulas enquanto estão doentes e a sofrer tratamentos durante longos meses".

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