Autor: Ana Carvalho Melo
“Esta
iniciativa que hoje levamos a cabo representa um investimento da Região
na ordem dos 500 mil euros, o que é, de facto, bastante significativo
e dá nota da importância que o Governo atribui a esta ação”, afirmou
Marta Guerreiro, que falava após a plantação da primeira árvore deste
projeto de reflorestação, que contou também com a participação do
Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João
Ponte, citada em nota do executivo regional.
A
titular da pasta do Ambiente salientou que esta plantação se enquadra
“dentro daquilo que está previsto no plano de ordenamento da bacia
hidrográfica,
que passa por reflorestar esta zona, retirando a pecuária do perímetro
da lagoa“.
Marta
Guerreiro acrescentou que esta plantação só é possível após a
aquisição, em 2015, desta parcela de terreno de 61 hectares, “que vai
ser
agora alvo de reflorestação com 250 mil pés de árvores, todas
endémicas”.
“É
importante termos nota de que os planos de ordenamento das bacias
assumem um papel de especial importância e está a ser terminada agora a
revisão, quer do da Lagoa das Furnas, quer do da Lagoa das Sete Cidades,
que se encontram em consulta pública até ao dia 21 deste mês”, frisou.
Marta
Guerreiro reforçou que “neste âmbito, não só a retirada da pecuária é
importante, como também o desvio de afluentes que têm levado nutrientes
para a lagoa”, medidas com grande relevo na recuperação das massas de
água.
Neste
âmbito, de referir ainda o desvio dos afluentes da Ribeira do Santo da
Inglesa, nas proximidades, como incremento à melhoria da qualidade
da água da Lagoa das Furnas, que se mantém eutrofizada, apesar da
evolução positiva registada ao longo dos últimos anos.
A
Secretária Regional registou o facto de o projeto contemplar a
exploração florestal, numa perspetiva de produção, de algumas das
espécies
endémicas a plantar, contribuindo para a sensibilização e vulgarização
do potencial produtivo dessas essências florestais.